ATA DA QÜINQUAGÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 25-6-2007.

 


Aos vinte e cinco dias do mês de junho do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, o Projeto de Lei do Legislativo nº 049/07 (Processo nº 1616/07); pelo Vereador Aldacir Oliboni, os Pedidos de Providência nos 1797 a 1800/07; pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 1801 e 1802/07; pelo Vereador Carlos Comassetto, o Pedido de Informação nº 096/07 (Processo nº 4061/07); pelo Vereador Claudio Sebenelo, os Pedidos de Providência nos 1777 a 1780/07; pelo Vereador Haroldo de Souza, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/07 (Processo nº 3470/07); pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 012/07 (Processo nº 2852/07); pela Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 1793 e 1794/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 1746 a 1776, 1781 a 1792 e 1795/07; pela Vereadora Maristela Maffei, o Pedido de Informação nº 095/07 (Processo nº 4059/07); pelo Vereador Sebastião Melo, o Pedido de Providência nº 1796/07. Também, foram apregoados os Ofícios nos 530 e 602/07, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando, respectivamente, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/07 (Processo nº 4079/07) e o Projeto de Lei do Executivo nº 012/07 (Processo nº 4078/07). Ainda, foram apregoados os Memorandos nos 169, 171, 173 e 174/07, firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações Externas deste Legislativo, respectivamente: do Vereador Carlos Comassetto, hoje, na reunião-almoço de lançamento da Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Softwares e Serviços – CeBIT 2008 –, a ser realizada no Centro de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS –; do Vereador Carlos Comassetto, nos dias vinte e um e vinte e dois de junho do corrente, no 3º Encontro Nacional da Frente Nacional de Vereadores pela Reforma Urbana – FRENAVRU –, a ser realizado no Município de Belo Horizonte – MG –; do Vereador Bernardino Vendruscolo, às quatorze horas e trinta minutos de hoje, na solenidade de posse da Comissão da Semana Farroupilha, a ser realizada no Salão Nobre do Paço dos Açorianos; e do Vereador João Carlos Nedel, às dezenove horas e trinta minutos de hoje, na solenidade de abertura do VI Encontro Internacional do Terceiro Setor – Economia Social –, do VIII Encontro das Fundações e Organizações Sociais do Mercosul e do I Encontro de Comunicação do Terceiro Setor – Economia Social –, a ser realizada no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 557, 573, 608, 14395, 14604 e 17611/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Quadragésima e Quadragésima Primeira Sessões Ordinárias e da Décima Segunda e Décima Terceira Sessões Solenes. A seguir, a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, Presidenta da União das Associações de Moradores de Porto Alegre – UAMPA –, que criticou a forma como a Prefeitura Municipal apresentou à população a proposta de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre – PDDUA –, argumentando que, nesse processo, não foi oportunizada às entidades comunitárias a manifestação sobre o tema. Ainda, conclamou os Senhores Vereadores a interagirem de forma efetiva com a UAMPA, quando da análise desse assunto na Câmara Municipal de Porto Alegre. Na oportunidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Neuza Canabarro, Claudio Sebenelo, Maristela Maffei, Adeli Sell, Dr. Raul, João Antonio Dib, Professor Garcia e Elói Guimarães manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em continuidade, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Nilo Santos, Vice-Líder da Bancada do PTB, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para o Vereador Dr. Goulart, do dia de hoje ao dia primeiro de julho do corrente, tendo a Senhora Presidenta declarado empossado na vereança, do dia de hoje ao dia vinte e nove de junho do corrente, o Suplente DJ Cassiá Gomes, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Margarete Moraes discorreu acerca das condições dos serviços de saúde prestados pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, afirmando que, apesar do atraso no repasse de fundos do Governo Estadual, os problemas nessa área são devidos a deficiências gerenciais. Nesse sentido, asseverou que recursos federais que seriam destinados à qualificação de hospitais deixaram de ser recebidos, porque o Executivo Municipal não apresentou os projetos necessários para tanto. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Adeli Sell protestou contra a atitude do Juiz Bento Luiz de Azambuja Moreira, da 3ª Vara do Trabalho de Cascavel, no Paraná, que remarcou uma audiência porque o trabalhador rural Joanir Pereira calçava chinelos de dedo. Também, referiu-se a dificuldades enfrentadas por porto-alegrenses usuários dos serviços públicos oferecidos pelos Governos Municipal e Estadual, declarando que fatos dessa natureza refletem a segregação existente entre as classes sociais do País. O Vereador Claudio Sebenelo criticou atos do Governo Federal, como a criação de Cargos em Comissão e a concessão de aumento a ocupantes de funções gratificadas, salientando que essas medidas proporcionam um aumento da arrecadação do Partido dos Trabalhadores, por meio da contribuição partidária dos filiados que ocupam esses postos. Em relação ao assunto, opinou que atitudes dessa natureza configuram a inobservância do princípio da impessoalidade dos governos. O Vereador Guilherme Barbosa concordou com críticas ao Governo Federal por conceder reajuste às funções gratificadas de seus quadros, frisando, no entanto, que medida semelhante foi adotada em Porto Alegre, quando se criou gratificação especial para servidores da Secretaria Municipal da Fazenda. Além disso, contestou o trabalho desenvolvido pelo Senhor Maurício Dziedricki à frente da Secretaria Municipal de Obras e Viação, especialmente em relação à iluminação pública e à conservação de vias públicas. O Vereador Ervino Besson mencionou a Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Softwares e Serviços – CeBIT 2008 –, salientando que a concretização dessa iniciativa em Porto Alegre depende da cooperação dos Governos Estadual e Federal. Também, condenou atos religiosos envolvendo sacrifício de animais, praticados ontem na Usina do Gasômetro, opinando que o local não é adequado para esse tipo de atividade. Após, por solicitação do Vereador Ervino Besson, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Sérgio Moacir Torres, ex-atleta e treinador de futebol, falecido no dia vinte e quatro de junho do corrente. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador João Antonio Dib reportou-se à relevância do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre, ponderando que essa legislação necessita ser permanentemente discutida e aperfeiçoada. Sobre o tema, assinalou que o Conselho do Plano Diretor deve apresentar uma análise técnica do projeto de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental antes que ele comece a tramitar nesta Câmara Municipal. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1a Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo no 087/07, discutido pelos Vereadores Professor Garcia, João Antonio Dib e pela Vereadora Margarete Moraes, o Projeto de Resolução nº 060/07, discutido pelos Vereadores Professor Garcia, Claudio Sebenelo, João Antonio Dib, Margarete Moraes e Guilherme Barbosa; em 2a Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 095/07; em 3a Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 009, 046, 072 e 052/07, este discutido pelo Vereador Claudio Sebenelo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Nilo Santos saudou a assinatura de contrato para a realização de estudos preliminares com a finalidade de duplicação da Avenida Vicente Monteggia, na Zona Sul, lembrando que durante muitos anos essa foi uma reivindicação dos moradores daquela região. Também, celebrou a premiação de Porto Alegre com o selo de “Município Livre do Analfabetismo”, destacando que a Cidade é a única capital brasileira contemplada com essa honraria. O Vereador Adeli Sell aludiu a propostas para a duplicação da Avenida Vicente Monteggia, que o Partido dos Trabalhadores teria apresentado ao Governo Municipal no ano passado. Além disso, abordou problemas relativos à saúde pública de Porto Alegre, frisando a necessidade de uma reestruturação administrativa nessa área. Finalizando, repudiou agressões sofridas por empregada doméstica, numa parada de ônibus no Rio de Janeiro, atribuída a jovens de classe média alta. O Vereador Luiz Braz referiu-se ao seminário “Segurança Pública e Combate à Violência”, realizado hoje na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, examinando os debates ali tratados e exaltando a preocupação com o assunto por parte do Secretário Estadual da Segurança Pública. Igualmente, enfatizou a importância concedida ao núcleo familiar e à educação dentro das políticas públicas de segurança no Estado, lembrando que em Porto Alegre já existiram concepções semelhantes sobre o assunto. O Vereador Dr. Raul comentou o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/07, que cria o Conselho Municipal de Planejamento Familiar, e o Projeto de Lei do Legislativo nº 122/07, que institui o Protocolo para Promoção do Planejamento Familiar, ambos de sua autoria. Sobre o assunto, defendeu a ação conjunta de órgãos públicos e privados, para que se garanta assistência médica às famílias e orientação qualificada quanto às responsabilidades inerentes à opção de ter filhos. O Vereador João Antonio Dib avaliou o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre, em especial artigos atinentes ao Sistema Municipal de Gestão do Planejamento, propugnando pela análise dessa Lei por equipes técnicas ligadas ao tema, para que seus preceitos sejam adaptados às exigências atuais da Cidade. Igualmente, reportou-se ao pronunciamento de hoje do Vereador Dr. Raul, em Comunicação de Líder, relativo às políticas públicas de planejamento familiar. A Vereadora Maristela Maffei enfocou causas do quadro de desestruturação familiar observado no mundo contemporâneo, afirmando que o tabagismo e o alcoolismo são doenças estimuladas pela sociedade, que exigem medidas concretas e urgentes, em face dos problemas econômicos e de convivência social que acarretam. Ainda, abordou o financiamento privado de campanhas eleitorais, declarando que essa forma de angariar recursos pode limitar a liberdade de atuação dos Parlamentares. Após, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, a Senhora Presidenta concedeu TEMPO ESPECIAL ao Vereador Carlos Comassetto, que relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, nos dias vinte e um e vinte e dois de junho do corrente, no 3º Encontro da Frente Nacional dos Vereadores pela Reforma Urbana – FRENAVRU –, em Belo Horizonte – MG. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Ervino Besson defendeu a gestão do Prefeito José Fogaça em Porto Alegre, contestando críticas que vêm sendo efetuadas a esse político por Vereadores desta Câmara, principalmente no que se refere a problemas verificados no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul. Também, comentou projeto do Governo Municipal para duplicação da Avenida Vicente Monteggia e empreendimentos desenvolvidos junto ao Distrito Industrial da Restinga. A Vereadora Clênia Maranhão afirmou que o fechamento do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul foi resultado de interdição definida pelo Conselho Regional de Medicina. Além disso, elogiou legislação aprovada por este Legislativo, que exige qualificação prévia dos candidatos a Conselheiros Tutelares de Porto Alegre e manifestou-se acerca da VII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, ocorrida nos dias vinte e dois e vinte e três de junho do corrente, em Porto Alegre. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal, formulado pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme deliberado pelo Colégio de Líderes. Na oportunidade, o Vereador Mario Fraga formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo a Senhora Presidenta prestado esclarecimentos acerca do assunto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 031/07. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 034/07. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 007/07, por vinte e seis votos SIM, cinco votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser discutido pelos Vereadores Luiz Braz, Sebastião Melo, João Antonio Dib e Claudio Sebenelo e encaminhado à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, Adeli Sell e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia Cavedon, Não os Vereadores Claudio Sebenelo, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Maristela Meneghetti e Sebastião Melo e tendo optado pela Abstenção o Vereador Nereu D’Avila. Após, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 202/06 (Processo nº 4664/06). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 095/06, com ressalva da Emenda nº 01 a ele aposta, após ser discutido pelo Vereador Carlos Todeschini. Às dezessete horas e trinta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e trinta e oito minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 095/06. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal, de autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme deliberado pelo Colégio de Líderes. Em Votação Nominal, 1º Turno, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 006/05, o qual, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, Luiz Braz, João Antonio Dib, Sofia Cavedon, Clênia Maranhão e Elói Guimarães, teve sua apreciação suspensa, em face da inexistência de quórum deliberativo. Na oportunidade, o Vereador Carlos Todeschini formulou Requerimento verbal, solicitando o adiamento da votação do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 006/05, tendo a Senhora Presidenta informado da impossibilidade regimental de adiamento desse Projeto. Às dezoito horas e quatorze minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pela Vereadora Clênia Maranhão, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Maristela Meneghetti e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Srª Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, representando a União das Associações de Moradores de Porto Alegre, a UAMPA, está com a palavra para tratar da revisão do Plano Diretor, pelo tempo regimental de 10 minutos. Seja muito bem-vinda.

 

A SRA. MARIA HORÁCIA RIBEIRO DE RIBEIRO: Boa-tarde. Na pessoa da Presidenta, Verª Maria Celeste, cumprimento a Mesa desta Casa e os Parlamentares presentes. Agradeço esta oportunidade, na qual o movimento popular e comunitário organizado de Porto Alegre pode trazer suas ponderações e o que entende sobre o que tratamos do nosso Plano Diretor. Inicialmente gostaríamos de fazer uma avaliação das Audiências Públicas que aconteceram; tivemos duas Audiências Públicas. Não concordamos com a metodologia adotada porque não garantiu às pessoas a participação popular, apesar de termos, nas duas Audiências Públicas, Srs. Vereadores, uma presença maciça de pessoas, mas não ficou garantida a participação popular, a manifestação das nossas comunidades. Gostaríamos que essas Audiências Públicas tivessem garantido um debate aberto e necessário ao tema proposto - o Plano Diretor -, que trata da vida e do futuro da cidade de Porto Alegre.

Tratamos dessa revisão do Plano Diretor de forma muito parcial, não aprofundando temas que, no nosso entendimento, são extremamente importantes, como o desenvolvimento econômico e social da cidade de Porto Alegre. Não tratamos de uma maneira efetiva a regularização fundiária, e hoje há mais de seiscentas comunidades sem regularização fundiária, sem conseguirem ter seus lotes regularizados. Não tratamos com o devido aprofundamento a mobilidade urbana; a relação da Cidade com os Portais das Cidades; a relação da Cidade com os meios mais efetivos de transporte coletivo que tenham, realmente, um impacto bem menor na área da poluição. Achamos importante que tivéssemos, nesses debates, uma participação popular e um controle popular bem mais efetivos. Fizemos um esforço, Srs. Vereadores, muito grande para realizarmos nove encontros na cidade de Porto Alegre, em que ficasse garantida a participação das comunidades através dos Presidentes de Associações que pudessem lá estar conhecendo melhor o Plano Diretor, que pudessem lá estar contribuindo mais com o Plano Diretor. Foi um exercício para as nossas comunidades e para nós como diretores e representantes.

No final desses encontros, tiramos dezoito itens que encaminhamos ao Poder Público Municipal, ao Executivo. Hoje gostaríamos de reafirmar aqui, para os senhores, três pontos que entendemos ser os mais importantes. Primeiro: as nossas comunidades solicitam que as testadas dos terrenos passem de 7,5 metros para 10 metros. Por quê? Porque sabemos que as suas famílias vão aumentando, e que essa é uma forma que as comunidades têm para resolver o seu problema de habitação, é com terrenos maiores, onde eles consigam acomodar seus filhos. A importância de termos esse item reavaliado no Plano Diretor foi uma manifestação que ocorreu em todas as regiões.

Outro item para o qual ficou extremamente manifestado o interesse, Srs. Vereadores, é a regularização das nossas áreas em Porto Alegre. As pessoas não agüentam mais não ter isso definido em suas vidas.

E mais um item que ficou também, com a objeção do Poder Público Municipal e suas ponderações, é o retorno da União das Associações de Moradores de Porto Alegre ao Conselho Municipal do Plano de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Já fizemos parte desse Conselho e, em 1999, fomos afastados. Gostaríamos de retornar a esse Conselho, entendermos que a Entidade - a UAMPA -, hoje, com mais de seiscentas associações filiadas, com participação em vários Conselhos Municipais e pela sua história de quase vinte e quatro anos de luta nesta Cidade, deveria ter um assento naquele Conselho, para poder estar contribuindo e fazer realmente esta via de duas mãos: de trazer ao Conselho, como instância que reconhecemos importante, a participação e o desejo das comunidades e também estar levando às comunidades aquilo que fica decidido junto às instâncias ali representadas.

Verª Maria Celeste, esta Casa é a instância na qual nós ainda não perdemos a esperança de termos esse Plano Diretor realmente voltado, preocupado e atento àquilo que é de interesse da participação popular e do controle social. Gostaríamos que cada Vereador pudesse olhar atentamente; e que, quando pensassem no Plano Diretor, avaliassem não só a redução dos índices de construção, não só a falta - alegada por algumas instâncias desta Cidade - da mão-de-obra - que vai deixar de ser feita se acontecer o Plano Diretor como está proposto -, que lembrem também que há comunidades que precisam de saneamento, que há comunidades que precisam ter as suas casas regularizadas. Nós precisamos nos movimentar nesta Cidade, Porto Alegre tem que ser pensada assim não só neste momento, mas para daqui a cinqüenta anos, pensada para, quem sabe até o final do século, ela ser realmente uma metrópole preocupada com o ambiente, preocupada com a preservação do nosso rio, preocupada em ter uma qualidade efetiva de vida e em garantir aos seus moradores e a todos aqueles que por aqui passam essa necessidade de ser uma Cidade muito mais alegre.

A nossa manifestação seria nesse sentido, nós nos colocamos à disposição. Contamos com cada Vereador, tenho certeza de que cada um que aqui está conhece a nossa história de luta, conhece a nossa proposta inicial de fazer das comunidades de Porto Alegre realmente um elo entre o Legislativo, suas demandas e seus anseios. E gostaríamos de ratificar o nosso interesse de ter com esta Casa a oportunidade de levar o Plano Diretor às comunidades e de aprofundarmos o debate. Será um prazer para nós, Srs. Vereadores, arregimentarmos lideranças que possam dizer aos senhores, a cada um de vocês, aquilo que realmente há na sua base, na sua comunidade, como necessidade.

Muito obrigada pela oportunidade. Nós sentimos, Srª Presidenta, a importância desta Casa, por isso nos fazermos valer dela. Agradecemos o seu entendimento e sua preocupação em estar nos recebendo e garantindo este espaço. Muito obrigada. (Palmas.)

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Srª Maria Horácia. A Tribuna Popular é um Projeto bastante antigo desta Casa, no qual as comunidades e as Organizações Não-Governamentais terão sempre espaço, vez e voz. Convido a Srª Maria Horácia para compor a Mesa e ouvir as manifestações das Bancadas desta Casa.

A Verª Neuza Canabarro está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. NEUZA CANABARRO: Srª Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, Presidenta da UAMPA, nós recebemos aqui o seu recado e queremos dizer à senhora que, como Vereadores e, principalmente, fazendo parte da Mesa, tivemos uma preocupação muito grande com a forma como estavam chegando à população essas Audiências Públicas. Essas Audiências Públicas são o espaço que o Executivo estava dando à participação popular. Claro que, se ocorreram alguns desvios, se as Audiências não foram bem aproveitadas, elas têm uma validade significativa, porque foi ouvida a população. Mas, quando isso chegar à Câmara de Vereadores, é que nós vamos debater, vamos abrir novamente e esperamos até corrigir algum deslize ou algo que não tenha sido bem-feito, para que realmente se possa ter um Plano Diretor, que é o anseio de todos nós - população, Vereadores e Bancada do PDT, pela qual estou falando. Queremos ter um Plano Diretor não para uma visão a curto prazo, mas com uma visão maior, a de chegar ao término do século XXI. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, nós queremos dizer da importância da sua presença aqui e da nossa solidariedade à União das Associações de Moradores de Porto Alegre por um motivo que eu acho que a senhora coloca muito bem. Por razões outras, essa reformulação, essa revisão do Plano Diretor está sendo postergada há muito tempo, independente de razões, sejam elas pessoais, sejam elas institucionais, e, principalmente, o que está sendo debatido são os interesses das empreiteiras; nunca se debateu, dentro do Plano Diretor, de uma forma mais ampla, o interesse da regularização das ocupações irregulares, algumas clandestinas. Principalmente não nos interessa muito como Vereadores que os espaços estejam ocupados, interessa-nos muito mais a qualidade de vida daquelas pessoas que estão ali, porque não há creches ou postos de saúde.

A ausência de escolas em grandes comunidades com cinco ou seis mil pessoas dentro da cidade de Porto Alegre ainda é alguma coisa que nos preocupa e muitas vezes nos envergonha, e isso não é de agora. Nós estamos oficializando exatamente a indiferença do Estado perante os itens que V. Sa. levantou, itens que são absolutamente pertinentes e com os quais concordamos - não só concordamos, mas vamos lutar, dentro da Câmara, para que sejam pelo menos atendidos, ou para que tenham alguma atenção os esquecidos de sempre.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, senhores membros da nossa querida UAMPA, em especial a Maria Horácia, mulher que está à frente dessa luta, junto com outros companheiros, com carinho, respeito e de forma leal agindo junto às associações de moradores sempre que necessário.

Gostaria de colocar, primeiro, a questão metodológica. Tivemos aqui em Porto Alegre, infelizmente, um grande circo, pois o Plano foi apenas apresentado para as regiões, sem nenhuma discussão, nem mesmo nós Vereadores tínhamos condições de opinar sobre as nossas regiões. Houve apenas uma explanação.

Em segundo lugar, não está clara a questão do Estatuto da Cidade. Da segunda Audiência o PCdoB não participou, até por um entendimento político, em consideração também à UAMPA, mas sabemos que em relação à questão do Estatuto não estão claros os itens necessários a serem incluídos. Um exemplo: não houve a discussão - e está previsto no Estatuto da Cidade - do IPTU progressivo, apenas foi debatido e levado para a população que lá estava, e somente para um setor. Um setor agregado usar os mais empobrecidos para os mais poderosos da Cidade é um desrespeito com a UAMPA, um desrespeito com esta Casa e um desrespeito com a maioria da população.

Nesse sentido, receba toda a nossa solidariedade, inclusive de parte da Presidenta desta Casa, que está preocupada com essa questão. Quero endossar aqui a proposta levantada por esta Casa de fazer uma Audiência Pública que, de fato, referende toda a opinião de nossa sociedade. Muito obrigada e, mais uma vez, parabéns à UAMPA.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada, Verª Maristela Maffei.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Cara Verª Maria Celeste; caríssima Maria Horácia, Presidenta da UAMPA, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, nós queremos reforçar alguns elementos que a senhora trouxe para nossa reflexão: a metodologia equivocada feita pela Prefeitura Municipal para tratar da revisão do Plano Diretor e um outro tema que a senhora enfatizou e que nos parece uma das grandes lacunas na revisão desse Plano Diretor, que é a questão do tema da circulação e transporte.

A circulação e transporte, hoje, têm gargalos muito graves e que começam a causar enormes prejuízos para a população, particularmente para a periferia, que se desloca para o Centro, tendo que estar no seu local de trabalho e, portanto, com atrasos. Se a senhora verificar como deve ter verificado todo o entorno dos hospitais, verá que temos esse tipo de problema, e não há nenhuma perspectiva, nesta revisão, de termos um mecanismo de desafogamento da circulação. Eu não estou tratando aqui do Plano Viário de Porto Alegre, porque isso é específico, mas, se no Plano Diretor não tivermos, por exemplo, os corredores de centralidade ou novos corredores de centralidade para desafogar, a partir da construção do novo shopping, o Barra Shopping Sul, na Av. Icaraí, passando pelo Cristal, Cruzeiro do Sul para acessar a Av. Carlos Barbosa ou a 3ª Perimetral, se não for gravado agora um corredor de centralidade, não há Plano Viário posterior que resolva esse problema.

Portanto, V. Sª colocou muito bem essas questões aqui, e nós estamos atentos, portanto, ao problema, queremos trabalhar na revisão com emendas, com sugestões e esperamos que a UAMPA possa colaborar com esta Casa. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. RAUL: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srª Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, é com muita satisfação que estamos aqui, hoje, recebendo a UAMPA - União das Associações de Moradores de Porto Alegre -, que tantos serviços tem prestado ao longo de mais de vinte anos às comunidades da nossa Cidade. Quero dizer da nossa preocupação enquanto Bancada do PMDB - composta pelos Vereadores Sebastião Melo, Haroldo de Souza, Bernardino e por mim - no sentido de, realmente, construirmos um Plano Diretor melhor para a nossa cidade de Porto Alegre. Essa preocupação é de todos os cidadãos e é da UAMPA, através da sua representação.

As dificuldades que até agora se encontraram nas Audiências Públicas foram claras, e acreditamos que vamos conseguir, conjuntamente, construir um Plano Diretor melhor para a cidade de Porto Alegre, para que o cidadão se sinta contemplado com o que deve acontecer, que é uma Cidade digna, uma Cidade com seus espaços bem definidos, enfim, uma Cidade onde se viva com qualidade.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; minha cara Srª Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, Presidenta da UAMPA; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, no meu entendimento a Sessão Legislativa tem três grandes momentos: a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Orçamento e as alterações do Plano Diretor. Porto Alegre tem a mais longa história de Plano Diretor, são 93 anos. Deveria ser uma coisa muito tranqüila; em 2002 nós deveríamos estar, na forma da lei, fazendo a revisão e reavaliação do Plano Diretor, e não fizemos. Eu quero dizer que a minha Bancada está preocupada, e hoje, no período de Comunicações, quero fazer um pronunciamento exatamente sobre o Plano Diretor e a sua apresentação a esta Casa, já que o Plano deveria ter vindo há muito tempo e não veio.

Diga, Srª Maria Horácia, aos associados da UAMPA que os Vereadores estarão vigilantes, para que tenhamos um Plano Diretor à altura da Cidade. Eu acompanhei os Planos Diretores da Cidade, vi as primeiras reuniões da Lei nº 2.330, que foi o primeiro Plano Diretor, eu não participava, comparecia com o Secretário de Transportes, de quem eu era Assessor; mas participei da elaboração do Plano de 1979, do Prefeito Villela, eu era Secretário de Obras. Tudo foi muito tranqüilo, tudo foi muito fácil, mas agora parece que as coisas se complicaram, quando o tempo e a experiência deveriam nos dar mais condições de fazer um Plano que, realmente, atendesse aos interesses da Cidade. Repito: podem esperar da nossa Bancada, que é composta por este Vereador e pelos Vereadores João Nedel e Newton Braga Rosa, o cuidado que se precisa ter com o Plano Diretor da Cidade. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezada Presidenta Maria Horácia, quero dizer da nossa alegria em recebê-la nesta tarde. Sabemos da construção que a UAMPA fez pelo processo democrático de todas as associações com os Partidos políticos. Então, entendo de forma clara e fraterna que no Plano Diretor, mais do que nunca, a UAMPA vai estar presente aqui com as suas associações, com as suas representações. Eu entendo que este Plano, este ano, foi apresentado de forma diferente, mas houve discussão, sim. Quem participou viu que, num primeiro momento, em cada uma das regiões, era feita uma explanação, e, depois, dava-se autonomia para aquela região fazer as suas próprias reuniões e, se necessário fosse, convocar qualquer Secretaria. Quando este Plano chegar aqui na Câmara, vai ser constituída uma dinâmica, que ainda não está definida. Ao escolher o Presidente, os Relatores e a forma de sistematização, muitas emendas vão entrar, e uma nova discussão, mais ampla, vai acontecer. E não temos nenhuma dúvida de que a UAMPA vai se fazer presente de forma representativa e pertinente, como sempre fez em outras situações. Quero parabenizá-la por vir a esta Casa e trazer esse assunto, que é o assunto mais aguardado dos últimos tempos. Parabéns.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, nós queremos saudar a Srª Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, que é Presidenta da UAMPA, e dizer que já tivemos a oportunidade de recebê-la na CUTHAB - Comissão de Transportes, Urbanismo e Habitação. Conhecemos toda a luta que vem desenvolvendo a Presidenta à frente da UAMPA, os zelos e cuidados em função do nosso Plano Diretor e a postulação da UAMPA de ser incluída no Conselho. É uma reivindicação da UAMPA; estão aí o Ver. Guilherme Barbosa, o Ver. Ervino Besson, o Ver. Brasinha, todos já discutimos esse assunto, e nós vamos nos mobilizar nesse sentido, para que a UAMPA tenha, de justiça, assento no Conselho.

Então, fica aí a nossa homenagem à Presidenta e, de resto, à UAMPA por toda luta e preocupação, e nem poderia ser diferente, com as deliberações que vão se dar sobre essa lei extremamente importante para a cidade de Porto Alegre, que vai estabelecer o futuro da Cidade, o futuro, inclusive, de uma cidade nas condições de compatibilidade com a dignidade humana, enfim, todos esses fatores. Por isso queremos cumprimentar a UAMPA e dizer que nós estamos acompanhando. Nossos cumprimentos à Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Com o pronunciamento do Ver. Elói Guimarães, terminamos as manifestações das Bancadas desta Tribuna Popular e gostaríamos de dizer, Srª Maria Horácia, da preocupação desta Casa com esse tema tão relevante, a respeito do qual a Mesa Diretora tem se mobilizado permanentemente para discutir, propor, esclarecer, inclusive há proposta de que possamos, conjuntamente com a UAMPA, fazer Audiências Públicas na cidade de Porto Alegre sobre tema tão importante. Muito obrigada pela presença dos senhores e contem com a Câmara de Vereadores.

O Ver. Dr. Goulart solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 25 de junho a 1º de julho. Requerimento encaminhado pelo Vice-Líder da Bancada, Ver. Nilo Santos. A Mesa declara empossado o Suplente, Ver. DJ Cassiá Gomes, nos termos regimentais, que integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos e Segurança Urbana - CEDECONDH.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. A Verª Margarete Moraes está com a palavra em Grande Expediente.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o Rio Grande do Sul, em 2006, recebeu do Governo Federal 1,5 bilhão de reais para a Saúde. Desse 1,5 bilhão, 500 milhões vieram de maneira direta, automática para a cidade de Porto Alegre. É importante ressaltar, nesse caso, que o Estado do Rio Grande do Sul deve ao Município de Porto Alegre 30 milhões de reais para a área da Saúde, valor que deixou de ser aplicado. Segundo as contas da Famurs, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, o Governo deve 200 milhões à Saúde. Se observarmos o Plano Plurianual apresentado à Assembléia pela Governadora Yeda, podemos dizer que, em vez de aplicar 12% do seu Orçamento à Saúde, conforme reza a Constituição, estão previstos em torno de 5% apenas para a Saúde em 2008 e 2009, contrariando a nossa Constituição.

Agora, o caso de Porto Alegre não é problema de dinheiro, Ver. João Antonio Dib, se foram ou não aplicados 21 milhões de reais na área da Saúde; a cidade de Porto Alegre carece é de uma boa administração, de uma boa gestão, carece de transparência; falta diálogo, por exemplo, com o Conselho Municipal da Saúde, que, pela primeira vez na história, rejeitou as contas da Secretaria Municipal da Saúde. E essa Secretaria está correndo um sério risco de ter as suas próximas contas rejeitadas pelo Conselho. Falta diálogo com os funcionários da Saúde, que querem trabalhar, estão lutando pelo seu direito de exercer a sua profissão no PACS, mas estão impedidos de fazer isso. Falta diálogo com a comunidade, com a população mais carente, que precisa desse serviço, e ela, ao invés de usufruir, sofre com o serviço de Saúde em Porto Alegre. E no Governo Fogaça, infelizmente - este é um dado muito grave, Verª Maristela Maffei, e muito triste -, aumentou o índice da mortalidade infantil, era um indicador fundamental que vinha caindo e que, agora, aumenta dramaticamente. Nós participamos, na sexta-feira e no sábado, da Conferência Municipal da Criança e do Adolescente e ouvimos de todas as autoridades, de todos os participantes que é preciso salvar as crianças, que é preciso salvar o Brasil e que isso deve ser feito hoje, porque amanhã já é tarde. Agora, Porto Alegre, Ver. Carlos Todeschini, querido amigo, é a única Capital do Brasil que aumenta a mortalidade infantil.

Agora aumentaram as verbas também para a FASC, mas os problemas em relação às crianças e aos adolescentes desassistidos em Porto Alegre vêm-se agravando. No jornal Zero Hora do dia 28 de maio deste ano, há manchetes, as quais ninguém contestou, dizendo que a Prefeitura perdeu recursos federais. Perdeu recursos do QualiSUS, do Ministério da Saúde. E esse recurso não veio por falta de projetos. Esta é a manchete do jornal Zero Hora: “Sem projetos e sem recursos”. A Prefeitura perdeu, nesse caso, 9 milhões de reais para a reforma do Hospital de Pronto Socorro. O Postão da Vila Cruzeiro também perdeu recursos do QualiSUS: perderam em torno de dois milhões de reais, porque não tiveram capacidade de aprovar seus projetos. Lá nós temos uma coordenação sem iniciativa que se faz de vítima sempre e não resolve os menores problemas de gerenciamento - o que é sua obrigação, ela é uma chefia e tem obrigações com a cidade de Porto Alegre -, ao contrário do Grupo Hospitalar Conceição, que conseguiu capitalizar 17 milhões de reais, ampliou, aperfeiçoou a Emergência, abrigando também os acompanhantes dos pacientes, sem fechar nada, mantendo o atendimento. Isso foi feito pelo Hospital Conceição.

Como eu disse antes, o balanço da gestão da Saúde enviado para esta Casa diz que 21 milhões de reais não foram aplicados. Então, nós perguntamos: por que o Postão da Vila Cruzeiro não foi reformado? Hoje há uma situação de extrema tensão naquela comunidade, aquela comunidade que abrange a Medianeira, Vila Tronco, Vila Cruzeiro, Cristal e alguns setores da Glória. Há muita tensão lá, porque é uma comunidade habituada a comparecer no Postão. Existem pessoas que têm problemas permanentes, problemas congênitos. Inclusive nós conhecemos uma senhora que precisava que um curativo fosse feito diariamente, cotidianamente, ela conhece os funcionários, citava os nomes, criou-se uma relação afetiva entre paciente e enfermeiro, e também ela não tem recurso para se deslocar para outro lado. Nós assistimos a um óbito e, ontem, a mais um óbito! Então, são duas mortes ligadas àquela comunidade. Os funcionários querem se organizar - organizaram-se -, eles querem continuar dando atendimento ao raio X, ao setor de curativos, ao setor de material e esterilização, à nutrição, à odontologia, à telefonia, à pediatria ambulatorial e exigem ambulâncias! Não existem ambulâncias até hoje, e os próprios funcionários dizem que não é mais possível dar licenças-prêmio antecipadas. Eles querem trabalhar todos os turnos.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Verª Margarete. Cumprimento-a pelo pronunciamento e quero corroborar, pois estivemos lá, em conjunto, ouvindo os servidores, ouvindo a comunidade e participando também. Com certeza não havia necessidade do fechamento do Posto, foi uma pressão aceita e concordada pelo Prefeito, o que é lamentável. Se houvesse mesmo urgência em fazer as reformas, por que não se contrataram equipes para haver mais agilidade? Por que não se trabalhou aos fins-de-semana, à noite, para dar o retorno? E o que é um deboche é ouvirmos pela imprensa o anúncio de que o Sr. Garipô Selistre é o coordenador das obras, o que é profundamente lamentável.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada, Ver. Carlos Todeschini.

Portanto, aquela comunidade do Postão da Vila Cruzeiro exige respeito ao direito à saúde; os funcionários exigem o direito ao exercício regular da sua profissão, porque a inviabilização do serviço de emergência causa um transtorno maior e dramático aos que mais precisam. Hoje nós sabemos que, com esse frio, existe superlotação nos demais hospitais de Porto Alegre. O que eu quero é entender ou estranhar, porque a Prefeitura não acatou a determinação de atendimento de extrema urgência da Desembargadora Maria Lúcia Leiria e preferiu ratificar um acordo com o Cremers e com o Simers, que não se importam com os demais profissionais da Saúde; eles olham apenas o lado dos médicos, não olham para o outro lado e abandonam as pessoas que só podem se socorrer do Sistema Único de Saúde - o SUS. Infelizmente essa é uma situação que ocorre em Porto Alegre, e eu quero aproveitar este momento do Grande Expediente para fazer essa denúncia, porque às vezes as pessoas que lêem jornal não têm noção do que verdadeiramente acontece lá.

Existe uma categoria profissional - que são os municipários de Porto Alegre - que, através do seu Sindicato, o Simpa, quer se organizar, fez um esquema de atendimento lá no Postão da Saúde, e isso não tem sido considerado pelo Prefeito José Fogaça. Isso é uma situação lamentável, e antes o Ver. João Antonio Dib dizia que o problema não era dinheiro, era má gestão. Nós queremos dizer que essa má gestão infelizmente piorou, porque um Governo que veio para manter o que era bom e corrigir o que era errado não manteve o que era bom e não corrigiu aquilo que estava errado. Então é um Governo que fez uma falácia eleitoral na sua propaganda. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Verª Maria Celeste, colegas Vereadoras e Vereadores, enquanto as sandálias são chiques para Gisele Bündchen - e elas são chiques, porque o povo acha assim -, um Juiz de Direito, no Paraná, diz que um lavrador desempregado não será por ele atendido porque não está bem vestido. Senhoras e senhores, a que ponto nós chegamos? A que ponto nós chegamos, que um magistrado desta Nação não atende um lavrador desempregado porque usa chinelo de dedo, único calçado, provavelmente, que esse pobre coitado tem. E na televisão, elegante como sempre, Gisele Bündchen vende as sandálias Ipanema. Este é o Brasil. Na verdade, nós temos dois “brasis”: um Brasil do luxo, do glamour; e outro é o Brasil dos excluídos, dos pobres, daqueles que não têm vez e voz. E um Juiz de Direito, que deveria dar vez e voz para repor os direitos, não dá o direito de o cidadão sentar na sua frente porque usa chinelo de dedo.

Nos anos 70, Verª Margarete Moraes, nós todos usávamos chinelo de dedo. Eu era professor de um dos principais cursinhos de inglês desta Cidade e lembro que dava aula de chinelo de dedo. Era uma escola particular, tinha alunos, e o que importava era se eu dava bem a aula ou não. Este é o Brasil, o Brasil que se divide em dois, infelizmente, ainda nos dias de hoje. E assim também me disseram ontem pessoas humildes da periferia, lá da região da Cruzeiro, do Postão, como bem relatou aqui a Verª Margarete Moraes: uma senhora foi fazer a sua Carteira de Identidade no Tudo Fácil, e disseram que ela teria que pagar 38 reais. Ela disse: “Mas eu sou desempregada, eu não tenho dinheiro”. O que diz a nossa legislação? A nossa legislação diz que a pessoa que não tem dinheiro deve declarar, de próprio punho, que não tem condições de pagar, e é o Estado, o Governo, que tem que pagar, que tem que bancar os documentos. Essa pessoa não poderá, talvez, hoje buscar um emprego porque não tem Carteira de Identidade. Eu quero saber! Nós temos o direito de saber quem determinou, no Instituto de Identificação, no Tudo Fácil, que os pobres têm que pagar Carteira de Identidade, têm que pagar o seu documento; caso contrário, não emitem esse documento, tiram-lhes os direitos. Nós estamos aqui hoje para, através do uso desta tribuna, dar vez e voz àqueles que não têm: o lavrador, que não é daqui, mas que é um homem brasileiro, e direitos ele tem; para a mulher da vila, que precisa da Carteira de Identidade para buscar o seu trabalho, que ela não tem. Nós estamos aqui para dar voz a essas pessoas. Nós estamos aqui para dar voz aos excluídos, porque fomos eleitos para defender a Constituição, que nós juramos; para defender a Lei Orgânica do Município e todas as leis, que nós juramos.

Sinto-me profundamente envergonhado que, em 2007, no Brasil, com todos os avanços que nós já conquistamos, onde o pobre recebe o Bolsa Família - mas tem que colocar os seus filhos na escola -, ainda tenhamos um Juiz de Direito que se nega a atender uma pessoa porque usa sandálias. Um lavrador não pode, mas a beldade internacional - que nós admiramos - Gisele Bündchen pode. Este é o Brasil, ou melhor, estes são dois “brasis”. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Alceu Brasinha.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, querida amiga Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, o País, estarrecido, recebeu a notícia, na semana passada, de que haviam sido criados, com um canetaço, por um decreto, mais 600 novos Cargos em Comissão, acrescentados aos milhares que já existem no Governo Federal; Governo que consegue desviar a CPMF da área da Saúde. E a procissão da miséria na área da Saúde é coonestada por um Governo que se dá ao luxo de, depois de criar 600 novos CCs, dar um aumento de140% para esses CCs. Isso, Verª Maristela Meneghetti, representa 545% a mais no faturamento do Partido dos Trabalhadores em relação aos percentuais que recebe de cada nomeação, mensalmente, como contribuição partidária.

Este Governo que aí está e que se vai perenizando teve um símbolo fantástico do patrimonialismo criado pelo casal que hoje dirige o País, o Sr. Presidente Lula e a Srª Marisa Letícia: nos jardins do Palácio da Alvorada, eles mandaram desenhar, com uma planta, a sálvia, de cor vermelho-sálvia, Ver. DJ, a estrela do Partido dos Trabalhadores - já então, na época, se derretendo por causa dos escândalos  -, como se aquela fosse uma dependência do Partido! Esse é o símbolo do patrimonialismo! Esse é o símbolo da mistura dos interesses de um Partido com os interesses de uma Nação, quando o Presidente é Presidente de todos os Partidos, não é de um só, ele o é de todos os brasileiros, os contra e os a favor.

Pois esse símbolo pode ser transportado agora para essa maciça contribuição de novos cargos para os que prestigiam o Governo e esse maciço aumento do faturamento e do poder do Partido dos Trabalhadores do País inteiro de 545%. Evidentemente, vai passar assim, e nada mais vai ser feito no País com esse canetaço indecente, esse canetaço mórbido, essa barbaridade que foi feita por um Presidente despreparado, que é um dos inventores dos símbolos do patrimonialismo, entre eles essa tristeza nacional de todos aqueles que um dia sonharam com um País onde todos fossem iguais, um País que fosse mais do que um País, uma Nação, uma Nação que tivesse como característica a igualdade. Então existem alguns Partidos mais iguais do que os outros, algumas pessoas com mais privilégios que as outras, e não se estranha que um Deputado Federal, que um Senador tenha foro privilegiado, porque os privilégios são oficializados pelo Estado, eles são coonestados pelo Estado, eles são legalizados nesse abastardamento da máquina pública que foi feito na semana passada, cuja autoria só pode ser do Presidente de República.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham, eu, que sou do Partido dos Trabalhadores, procuro sempre, mesmo sendo o fundador do Partido, manter a minha cabeça bastante coerente, verificando aquilo que é o melhor para a sociedade brasileira, para os Governos em que estamos à frente, tento não ficar bloqueado com a minha filiação partidária. Então quero dizer claramente, a respeito do assunto que trouxe aqui o Ver. Sebenelo, que foi uma decisão equivocada o Governo Federal, tranqüilamente, criar mais CCs nesse momento e dar reajuste, que, para alguns níveis, foi alto. Ao mesmo tempo é importante dizer - para que todos percebam onde estava o problema - que o representante da Fundação Nacional da Saúde no Rio Grande do Sul, que percorre este Estado de ponta a ponta, que é responsável por todas as políticas de saneamento e sanitário, tinha um salário líquido de 1 mil e 500 reais. É possível trabalhar assim? É evidente que não. E, dos 21 mil cargos que foram atingidos pelos reajustes, 17 mil são FGs, não têm nada a ver com CC - Cargo em Comissão -, FG ocupada por pessoas do quadro. Que isso fique claro.

Continuando, quero dizer que não vejo por parte do representante do PSDB nenhuma autoridade para fazer essa crítica, mas nenhuma mesmo. Basta lembrar o famoso Serjão, (Sergio Motta, Ministro das Comunicações no Governo Fernando Henrique - 1995/1998) que tinha um projeto de que ficariam 20 anos no Governo, que pintou e bordou neste País. Aqui em Porto Alegre o que aconteceu? Foi dito que iam reduzir os CCs, mas aumentaram bastante. O que aconteceu com a categoria dos municipários? Algumas categorias que já ganhavam mais receberam gratificação para ganhar mais ainda, é o caso da Fazenda e da Procuradoria, ou não é verdade? E não foi a base do Governo Fogaça que aprovou aqui? Foi. E qual foi o voto do Ver. Sebenelo? A favor. Portanto, apesar de ter razão, não tem nenhuma moral para fazer a crítica.

Eu recebi hoje um e-mail da Srª Silvia Manique e quero trazer o assunto, é uma pessoa que não conheço, amiga de um amigo, e traz uma questão que venho aqui abordando permanentemente. Diz ela (Lê.): “Minha solicitação é que tentes solucionar o desperdício de luz em dois postes localizados na Rua Caldas Júnior quase esquina Rua Sete de Setembro, que, desde abril, estão com as lâmpadas ligadas. Naquela data, eu enviei solicitação de reparo para a SMOV como fazia quando a Prefeitura era governada pelo PT e tinha a solicitação atendida. Para a minha surpresa, a atual SMOV me respondeu que eu deveria ir até a Secretaria para solicitar o reparo”. Olha que coisa maravilhosa! A pessoa agora tem que ir até a SMOV para pedir que a Prefeitura vá apagar dois pontos de luz - estragou a célula fotoelétrica -, a pessoa está, inclusive, colaborando com a Cidade, Ver. João Antonio Dib, mas tem que se deslocar até a SMOV. E assim ela vai.

Não é só a questão de pedir o ponto de luz, mais um, ou que está apagado, ou está aceso, para qualquer pedido de fiscalização de obra irregular - algo que sempre foi feito pelo telefone, depois abrimos espaço pelo e-mail - a pessoa agora tem que ir até a SMOV ou até o Centro, no atendimento da Prefeitura nova. É uma barbaridade uma coisa dessas! Em vez de se usar os meios de comunicação, que cada vez são mais amplos, mais rápidos, burocratizou. Mas qual é o objetivo? O objetivo é dificultar os pedidos, diminuir os pedidos para a Prefeitura, porque eu já tenho dito, e cada vez se confirma mais: a Cidade, Ver. João Antonio Dib, está cada vez mais escura! No sábado retrasado, eu circulei pela Av. Goethe, entre o Viaduto da Protásio e a Rua 24 de Outubro, e quase que não havia uma pétala - que são duas lâmpadas - com as duas lâmpadas acesas, era milagre encontrar, e assim por diante. É impressionante, aquilo que sempre foi de 2% a 3% de lâmpadas apagadas hoje está, tranqüilamente, perto de 20%.

E agora o Secretário “Mauricinho”, que era o “Secretário da lâmpada apagada”, também se transformou no “Secretário do buraco”. O que há de buraco em Porto Alegre é uma coisa de louco! Eu não vinha falando porque havia chovido, mas agora se passou uma semana, praticamente, sem chuva, e a quantidade de buraco é impressionante. Então o “Secretário da lâmpada apagada” agora é o “Secretário do buraco”. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ERVINO BESSON: Minha cara Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar todos. Tivemos hoje, chegamos há pouco a esta Casa, uma reunião de extrema importância na FIERGS - este Vereador, o Ver. Comassetto, o Ver. Newton Braga e o José Antonioni, Diretor-Presidente da Softsul. Nós tratamos a respeito de trazer aqui para Porto Alegre uma das maiores feiras do mundo na área de tecnologia e informática. Foi uma reunião de extrema importância, meu caro Ver. Newton Braga, V. Exª se pronunciou também naquele momento. Eu acho que a Câmara Municipal tem de se juntar a essas forças, pois será um ganho bastante grande para Porto Alegre se conseguirmos trazer essa feira para cá. Sei que o Ver. Newton Braga e o Ver. Comassetto já fizeram uma viagem para a Alemanha, eu acho que o caminho está aberto, agora vai depender, claro, da ajuda do próprio Governo Estadual e do Governo Federal, o nosso Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É uma feira de extrema importância. O Diretor da Feira, Reinold Umminger, e também o Constantino, que é o Diretor da Hannover do Brasil, são pessoas que têm uma ligação muito forte com essa feira. Portanto acho que será de um grande ganho, Ver. Todeschini, que, no ano que vem, nós consigamos trazer essa feira para Porto Alegre.

 

O Sr. Newton Braga Rosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado, Ver. Ervino. Presidenta Maria Celeste, V. Exª foi representada pelo Ver. Todeschini, bem representada; estava lá também o Deputado Adão Villaverde. E, reforçando as palavras do Ervino, Reinold Umminger é o Diretor da Hannover Fairs e esteve no Brasil, em Porto Alegre, fazendo o lançamento da feira para o Brasil inteiro: poderia ter escolhido São Paulo, mas escolheu Porto Alegre. Espero que isso seja mais um sintoma da intenção deles em realizar o nosso intento. Segundo, ontem fizemos uma reunião de trabalho, um jantar com menos pessoas, e aí foi possível tirar dos alemães aquilo que é nosso “tema de casa”, ficando decidido que vamos ter que nos reunir para fazer o que se chama de Caderno de Encarte. Então, recebemos diretrizes bem claras a respeito dos pontos a serem abordados, vamos ver se, a partir da semana que vem, junto com a FIERGS, fazemos o detalhamento para provar a viabilidade econômica desse evento na nossa Cidade. Muito obrigado.

 

O SR. ERVINO BESSON: Obrigado, Vereador.

Acho que tudo isso é de extrema importância, Vereador. A FIERGS é um órgão que tem de se juntar, pela sua força, pela sua tradição e pelo local, a fim de que a feira venha para Porto Alegre em 2008.

Cada um tem a sua crença religiosa, e eu respeito todas as crenças - acho que nós todos, Vereadores e Vereadoras -, mas recebi alguns telefonemas, talvez outros Vereadores também tenham recebido, de alguns familiares sobre o que houve no amanhecer de ontem na Usina do Gasômetro. Havia ali mais de vinte cabeças de ovinos, que atraíram a atenção de muitas famílias, de muitas crianças. Como eu já disse, cada um tem a sua crença, vamos respeitá-las. Agora, perdoem-me as pessoas que fizeram esse trabalho - e não quero que pensem que estou aqui ofendendo essas pessoas, longe disso, as crenças religiosas têm que ser respeitadas -, porque ali não é local para fazer esse tipo de trabalho. Aquilo foi chocante para muitas famílias que foram lá com as crianças, muitas saíram de lá numa situação extremamente constrangedora, pois foi assustador para as crianças. Uma fileira de 20 cabeças de ovinos... Sinceramente, ali não é o local. Também o Sr. Jorge Verardi, que é o Presidente da Federação das Religiões Afro-Brasileiras, a Afrobras - é um homem que conhecemos, que tem uma história muito bonita, que faz um belo trabalho pela sua liderança -, também condenou aquela atitude. Acho que aquele não é o local para fazer esse tipo de trabalho, existem outros locais, porque as pessoas sabem que ali, normalmente, é um local para onde as pessoas vão, pela manhã, para lazer, é um local convidativo às famílias, com suas crianças, para terem algum momento de lazer. Para as crianças que chegam, assim, na beira do lago, é chocante esse visual - vinte cabeças de ovinos, enfileiradas, uma do lado da outra -, acho que esse não é o caminho. Sinceramente, que essas pessoas que fazem esses trabalhos revisem isso para que não aconteça mais.

Minha cara Presidenta, não sei se alguém pediu um minuto de silêncio para o Sérgio Moacir Torres, então eu peço, neste momento, à Presidência que façamos um minuto de silêncio em homenagem à memória de Sérgio Moacir Torres. Todos que se envolvem com futebol conhecem Sérgio Moacir Torres, e eu tive uma convivência muito grande com ele. Então, nada mais justo que esta Câmara faça um minuto de silêncio. Diz aqui no Jornal Zero Hora: “Conhecido como Majestade do Arco”. O Sérgio Moacir Torres teve uma história muito bonita pela sua trajetória no Pan-Americano de 1956. Nada mais justo que esta Casa reconheça o que representou o Sérgio Moacir Torres, pela sua trajetória. Portanto, minha cara Presidenta, repito: solicito a V. Exª que façamos, em respeito a esse cidadão que nos deixou, um minuto de silêncio.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): De pronto, defiro a solicitação do Ver. Ervino Besson. Faremos um minuto de silêncio pela morte do Sr. Sérgio Moacir Torres.

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, há poucos minutos, na Tribuna Popular, eu dizia que Porto Alegre tem uma longa história de Plano Diretor - 93 anos. O Prefeito José Montaury contratou o Engenheiro Moreira Maciel para fazer o primeiro Plano Diretor. Depois, o Loureiro da Silva, no seu primeiro Governo, instituiu o Conselho do Plano Diretor, e começaram a preparar o Plano Diretor que, hoje, está sendo modificado, e eu disse que esse deveria ser um assunto tratado permanentemente na Câmara. A preocupação do Prefeito Loureiro da Silva era tão grande com o urbanismo e com os técnicos de urbanismo, que ele mandou para o Uruguai - naquela época era o que havia de melhor - os arquitetos Edvaldo Pereira Paiva e Ubatuba Faria, para que pudessem auxiliar o desenvolvimento desta Cidade. Depois nós tivemos nomes extraordinários como, por exemplo, Carlos Fayet, que há poucos dias faleceu.

E aí eu ouço algumas informações desencontradas, porque ninguém traz uma informação segura de que o Plano será apresentado com todas as Emendas que foram aprovadas nas duas Audiências Públicas, de que será apresentado ao Conselho do Plano Diretor, e esse Conselho o analisará e o mandará para o Prefeito, que o mandará para a Câmara. Sempre eu digo: as leis devem ser claras, precisas e concisas para serem respeitadas. Aqui, no Plano Diretor atual, se diz assim: “O Sistema de Planejamento que reformula a organização e a gestão pública do Plano” - Plano Diretor - “ampliando seus níveis de articulação com a sociedade e, desta forma, criando condições para que a aplicação das estratégias seja mais eficaz e integrada à dinâmica da Cidade”. Está escrito, não fui eu quem escrevi, foi o Prefeito quem assinou, e agora parece que não vamos ter, de parte do sistema de planejamento da Prefeitura, cooperação. Eu acredito que a Presidenta vai ter que pedir que, depois, os técnicos da Prefeitura nos assessorem, para que possamos dizer que ajudamos a fazer um bom Plano para a Cidade.

O art. 24 da Lei do Plano Diretor diz: “A Estratégia do Sistema de Planejamento objetiva um processo de planejamento dinâmico e contínuo, que articule as políticas da Administração Municipal com os diversos interesses da sociedade, promovendo instrumentos para o monitoramento do desenvolvimento urbano.”, e aí diz como se processa. É a preocupação em fazer as coisas bem-feitas, por isso a Prefeitura mantém um corpo de técnicos do mais alto nível, para que o Plano Diretor possa ser acompanhado, para que possa ser revisado, para que possa ser reavaliado.

E o art. 33 diz: “Fica criado o sistema municipal de gestão no planejamento como um processo contínuo, dinâmico e flexível, que tem como objetivo criar canais de participação da sociedade na gestão municipal, garantir o gerenciamento eficaz direcionado à melhoria da qualidade de vida, instituir um processo permanente e sistematizado de atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental”. Então, a lei é clara, diz o que tem que ser feito. E a informação que me chega é de que os técnicos da Prefeitura não farão análise do Plano antes que ele chegue à Casa, para que nós, aqui, o discutamos e o votemos, aprovando, alterando, modificando. Eu acho que todos nós entendemos que o Plano Diretor é a vida da Cidade, é a alma da Cidade; a Cidade vai se desenvolver bem, se tivermos um bom Plano Diretor, e Porto Alegre é a capital que tem mais tempo de Plano Diretor de todas as capitais brasileiras. Eu não posso acreditar que os técnicos da Secretaria de Planejamento não se pronunciarão sobre as Emendas que foram apresentadas. E já fico dizendo a V. Exª, Srª Presidenta, que vou solicitar que os técnicos da Prefeitura assessorem os Vereadores no acompanhamento da discussão e votação do Plano. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerrado o período de Comunicações.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2760/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/07, de autoria dos Vereadores Adeli Sell e Margarete Moraes, que inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, o Desfile-Show da Estilista Milka Wolff, a ser realizado anualmente, em data compreendida entre os meses de abril e maio.

 

PROC. Nº 3832/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 060/07, de autoria da Mesa Diretora, que institui o Troféu Ordem dos Açorianos, a Comenda Porto do Sol e o Diploma Honra ao Mérito, premiações a serem outorgadas pela Câmara Municipal Porto Alegre, revoga legislação pertinente à matéria e dá outras providências.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2981/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 095/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor José Osvaldo da Silva Salada.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0519/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 009/07, de autoria do Ver. Elias Vidal, que condiciona a concessão ou a renovação de Alvará de Funcionamento para o estabelecimento que exerce as atividades de desmanche, comércio de ferro-velho ou comércio autopeças usadas, determina critérios para o exercício da atividade de desmanche, estabelece penalidades à não-apresentação do Alvará de Funcionamento, revoga a Lei nº 8.753, de 29 de agosto de 2001, e dá outras providências. Com Substitutivo nº 01(Ver. Adeli Sell e Verª Neuza Canabarro).

 

PROC. Nº 1518/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/07, de autoria do Ver. Adeli Sell, que dispõe sobre o estabelecimento dos espaços públicos e dos horários para o estacionamento de veículos automotores utilizados para atividades de transporte de carga mediante pagamento de frete, determina a expedição de alvará de serviço a esses veículos e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 1641/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 052/07, de autoria do Ver. Ervino Besson, que cria  o Recanto Ecológico José Antônio Lutzenberger, a ser erigido no Parque Marinha do Brasil. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 2373/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 072/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que proíbe, no Município de Porto Alegre, a utilização de capacete pelo condutor e pelo passageiro de motocicletas, quando do ingresso e permanência nos estabelecimentos públicos e privados e quando a motocicleta se encontrar estacionada, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, vou me deter em dois Projetos que hoje estão em 1ª Sessão. O primeiro Projeto é de autoria do Ver. Adeli Sell e da Verª Margarete Moraes, colocando no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre o desfile-show da estilista Milka Wolff. Quero dizer que esse é um evento que, a cada ano que passa, tem se consagrado na nossa Cidade. É um evento beneficente que consegue fazer uma interação com a sociedade e que já transpôs não só a cidade de Porto Alegre, mas o próprio Estado pela sua grandiosidade e pela característica. A estilista Milka, a cada ano, coloca como tema um país, fazendo todo um estudo desse país, enriquecendo a sua cultura e fazendo uma interação da moda.

Um Projeto em que eu quero me deter mais é o de autoria da Mesa Diretora, que institui o Troféu Ordem dos Açorianos, a Comenda Porto do Sol e o Diploma Honra ao Mérito, premiações a serem outorgadas pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Quero deixar aqui o meu protesto, a minha indignação, porque, Srª Presidenta, no ano passado e neste, trabalhamos nisso. Foi feita uma Comissão aberta a todos os Vereadores, mas apenas quatro se detiveram em analisar a premiação aqui da Casa: este Vereador, a Verª Margarete Moraes, o Ver. Luiz Braz e o Ver. Sebastião Melo. Tivemos algumas reuniões e apresentamos uma minuta reduzindo os mais de 80 Prêmios da Casa para 16, 17 Prêmios. E me causou surpresa a apresentação de um Projeto instituindo três Prêmios que nunca foram repassados para a Comissão. Este Vereador entende que no mínimo a Comissão deveria ter sido chamada e consultada, porque senão, daqui a pouco, este Vereador não vai querer mais fazer parte de Comissão na Casa. Se aqui é a Casa do diálogo, a Casa do embate, do contraditório, daqui a pouco vem a Mesa Diretora e determina - claro que eu sei, a Mesa Diretora com seus Líderes... Talvez a interlocução dos Líderes com seus Pares não esteja funcionando. E eu digo isso de forma fraterna, porque daqui a alguns dias nós vamos ter um outro debate, que é “n” vezes proporcional, que é o Plano Diretor. E quero dizer que ninguém nesta Casa vai me atropelar. Ninguém!

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Adeli Sell.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Não, Vereador, eu acho que nós temos que fazer as coisas de forma discutida. Criou-se uma Comissão, e essa Comissão, inclusive no período de recesso, se encontrou, estudou, criou critérios dos porquês, e de uma hora para outra apresentam esse Projeto. Claro que eu sei que está na Pauta para discussão, que não é a definitiva, mas tenho o direito de vir aqui fazer esse contraponto. Eu sou daqueles que sempre gostam de participar, de colaborar, de fazer as críticas e apontar. Entendo que, no momento em que uma Comissão estudou o assunto, dialogou inclusive com funcionários da Casa qual seria a melhor dinâmica... E nós tivemos todo um cuidado com situações pontuais, contemplando, diminuindo um considerável número de Prêmios, e em relação também à própria iniciativa de Vereadores de não determinar inúmeros Prêmios, porque esta Casa, muitas vezes, recebe críticas. Eu só quero registrar isso, mas vou me aprofundar na proposta, e, como recém está em 1ª Sessão de Pauta, eu voltarei a esse assunto. Muito obrigado, Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero agradecer ao Ver. Brasinha a delicadeza que teve em ceder seu tempo para que eu pudesse fazer aqui algumas defesas, em geral vermelhas.

Srª Presidenta e Srs. Vereadores, quero me referir, da Pauta de hoje, a um Projeto da Mesa Diretora que institui o Troféu Ordem dos Açorianos, Comenda Porto do Sol e Diploma de Honra ao Mérito, com os quais eu estou de acordo na medida em que esta Câmara muitas vezes caía no ridículo, pois até Prêmio Apito de Ouro tem, que premia mais os amigos do que propriamente as pessoas de destaque na sociedade. Mas eu queria dizer que sou profundamente contra o Projeto na medida em que um Prêmio, por exemplo, como o Mário Rigatto está excluído da Câmara, e isso eu não vou aceitar, vou lutar e pedir o apoio do Ver. Luiz Braz para que o Prêmio Mário Rigatto não seja excluído desta Casa.

Outro Projeto é o do Ver. Ervino Besson, que cria o Recanto Ecológico José Antônio Lutzenberger no Parque Marinha do Brasil. Eu quero dizer que o Recanto não pode ser chamado de ecológico, porque todo o Parque é ecológico, e José Lutzenberger, que merece as homenagens da Cidade, já foi suficientemente homenageado, no caso, José Antônio Lutzenberger, seu pai também se chamava José Lutzenberger e era um extraordinário artista, um pintor, um artista plástico. A minha proposta é que se dê outro nome a esse local, não mais o nome daquele que já foi homenageado e é diariamente homenageado não só pela sua memória, mas pelo trabalho extraordinário que fez em prol do meio ambiente. E Recanto Ecológico no Parque Martinha do Brasil passa a ser uma redundância, porque o Parque, todo ele, é ecológico. Então, a proposta que eu teria ao Ver. Ervino Besson é a de mudar para um outro nome ligado ao meio ambiente e que não se chamasse Recanto Ecológico, que desse um outro nome, pois o Parque Marinha do Brasil é todo ele composto por recantos ecológicos. Nós já temos o Parque José Lutzenberger, nós já temos todas as homenagens feitas a esse extraordinário ambientalista.

Não sou contra qualquer nova homenagem, mas se poderia dar lugar a outros que tantas contribuições já nos deram. O Parque Marinha do Brasil teve, na sua construção, uma assessoria importante, foi feito no primeiro Governo de Socias Villela, com o primeiro Secretário de Meio Ambiente, José Roberto Eduardo Xavier. Hoje o Parque é um patrimônio incomensurável desta Cidade pela sua importância não só como meio ambiente, mas como local de lazer, local de convívio das pessoas. Esse parque, com a sua beleza à beira do lago Guaíba, com a população usufruindo do seu espaço, do seu oxigênio, merece essa consideração; mas a proposta para o Ver. Ervino Besson fica. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na Pauta de hoje constam apenas dois novos Processos: um é de autoria do Ver. Adeli Sell e da Verª Margarete Moraes, incluindo no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre o desfile-show da estilista Milka Wolff. Eu acho que é uma idéia muito boa, a Milka, realmente, tem levado o nome de Porto Alegre para fora das nossas divisas. E até acho que, se o Prefeito está querendo criar uma Secretaria de Turismo, esse poderá ser um evento que atrairá muitos turistas - se a Prefeitura fizer uma boa publicidade.

E o outro Projeto é de autoria da Mesa Diretora, que institui o Troféu Ordem dos Açorianos, a Comenda do Porto Sol e o Diploma de Honra ao Mérito, premiações a serem outorgadas pela Câmara Municipal de Porto Alegre, revoga legislação pertinente à matéria e dá outras providências. Eu fico contente, porque, há muito tempo, eu venho dizendo que nós tínhamos Prêmios em excesso. Estão sendo cortados 53 Resoluções de Prêmios, fazendo com que alguns sejam iguais: com nomes diferentes, mas para a mesma finalidade. Quero também ler: (Lê.) “O Projeto de Resolução foi elaborado a partir de proposta apresentada pelo grupo de trabalho, instituído pela Portaria nº 492/06, Processo nº 5056/06, integrado pelos Vereadores Luiz Braz, Professor Garcia, Sebastião Melo e pela Verª Margarete Moraes, designados pela Mesa Diretora da Câmara, com a incumbência de propor a solução à questão das premiações, tendo em vista a grande quantidade de Resoluções, tratando do tema e a duplicidade de homenagens para o mesmo segmento, além da conseqüente e crescente dificuldade de entrega dos Prêmios aos homenageados”.

Ora, se a Mesa chegou a essa conclusão, depois de debater com as Lideranças, eu acho que vai continuar o debate do Plenário, sim, porque, evidentemente, pode ter havido algum equívoco, pode-se ter retirado mais algum até, mas a Mesa está criando três novos Prêmios: Troféu Ordem dos Açorianos, Comenda Porto do Sol e Diploma Honra ao Mérito. Está limitando a possibilidade da outorga desses Prêmios, o que é uma coisa muito boa. Eu confesso que fiz um Projeto de Resolução atribuindo Honra ao Mérito a uma entidade que, realmente, tem todos os méritos; fiquei envergonhado e não pedi que fosse entregue, porque, depois, comparei e vi que estava fazendo uma coisa que não engrandeceria nem a Casa nem o homenageado. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Antonio Dib.

A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Srª Presidenta, querida Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu também quero me referir ao Projeto que eu assino junto com o Ver. Adeli Sell. Somos participantes desses eventos, dos desfiles-shows promovidos pela estilista Milka. Eu a conheci quando fui Secretária da Cultura, e o Adeli, tenho certeza, quando começou a participar na condição de Secretário da Indústria e Comércio, porque se trata de um espetáculo artístico-cultural, onde tem desfile, dança, música, onde sempre se homenageia um povo, uma etnia, um país. Neste ano o tema foi Portugal. Eu já vi uma homenagem, no Auditório Araújo Vianna, à África, que foi a melhor homenagem a que eu assisti em relação a essa etnia, considerando todo o talento e toda a arte dessa mulher, a Milka Wolff. E renda ela doa, integralmente, para instituições carentes da Cidade, sobretudo para essas instituições das crianças que têm as piores deficiências, como a Kinder, aquela ONG alemã à qual o Prefeito João Verle cedeu o terreno e cujo novo prédio já está em vias de ser inaugurado, ou ao Lar Santo Antônio dos Excepcionais ou a instituições de idosos. Então, é algo que já existe há muitos anos, se autofiancia e merece a chancela e o reconhecimento da Prefeitura de Porto Alegre. Eu tenho certeza de que nós vamos contar com o apoio dos demais Vereadores para incluí-lo no Calendário Oficial dos Eventos de Porto Alegre.

O segundo Projeto que eu gostaria de comentar é essa Resolução da Mesa que institui três Troféus a serem outorgados pela Câmara e revoga legislação pertinente à matéria. Na verdade, o ex-Presidente Dr. Goulart instituiu uma Comissão, formada pelos Vereadores Luiz Braz, Professor Garcia, Sebastião Melo e por mim, com a meta da diminuição bem radical das inúmeras homenagens que esta Casa presta. Radical no sentido de a gente ir à raiz e fazer um trabalho quase que revolucionário. Eu achei muito importante o trabalho dessa Comissão, que foi um esboço, uma sugestão para a Mesa Diretora. O que eu considerei mais sóbrio, Ver. Luiz Braz, foram os aproximadamente 20 Prêmios que restaram, mais ou menos assim: Prêmio Cultura Câmara Municipal de Porto Alegre, Prêmio Direitos Humanos Câmara Municipal de Porto Alegre, sem, no entanto, dar os nomes, porque, só na literatura, nós tínhamos Erico Verissimo, Mário Quintana e um outro e consideramos que não poderíamos comparar e dizer que um era melhor do que o outro. Então, definimos como Prêmio Cultura, e aí estariam todos contemplados.

 

O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, sem nenhum demérito ao raciocínio excelente que a senhora está fazendo a respeito do tema, acho que nomes como Lupicínio Rodrigues, Erico Verissimo, Mário Quintana, Mário Rigatto são nomes que não podem... Por fazerem parte de um dos tesouros mais preciosos não só pela sua produção, mas pelas pessoas que eles foram, nós vamos estar, de uma certa forma, fazendo o que a indústria automobilística faz com os automóveis, na medida em que damos uma outra forma e uma outra tecnologia, e aqueles que eram automóveis superados são tirados de linha ...

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Por favor, Vereador, gostaria de concluir.

 

O Sr. Claudio Sebenelo:... e dão lugar aos novos, fazendo uma injustiça aos velhos. Só isso.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: É exatamente o contrário: por considerarmos grandes personalidades, incomparáveis entre si, nós não podemos dizer que o Mário Quintana é melhor do que o Erico, ou que o Erico é melhor do que o Mário Quintana; nós definimos pelo nome Prêmio Cultura da Câmara Municipal de Porto Alegre, e aí poderia entrar música, dança, artes plásticas e literatura.

Bem, eu acredito, Ver. Luiz Braz, que não houve nenhuma intenção da Mesa nem das Lideranças em atropelar a Comissão, eu acho que deveriam ter dado um retorno, não é? Seria mais delicado, e nós estamos à disposição. Mas eu imagino que esses três Prêmios mantêm a essência de diminuir drasticamente as premiações nesta Casa, até para valorizá-las. Se existem premiações demais, tudo é nada, nada é tudo, então fica tudo a mesma coisa! São poucas pessoas que merecem o reconhecimento desta Casa, e nós, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, vamos examinar com muito carinho essa proposta apresentada pela Mesa e vamos fazer as nossas considerações. Pessoalmente, eu prefiro algo mais sóbrio, como Prêmio Direitos Humanos Câmara Municipal de Porto Alegre, mas essa é uma questão de discussão, e este Plenário terá toda a liberdade para fazê-la. Obrigada, Verª Maristela.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª Margarete Moraes.

O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Verª Maristela Meneghetti, colegas Vereadores e Vereadoras, eu quero entrar na polêmica sobre esse Projeto de Resolução da Mesa com relação aos Prêmios, se houve ou não atropelo. Talvez, como disse a Verª Margarete, a Mesa, juntamente com as Lideranças, pudesse ter comunicado à Comissão. No entanto, eu vejo aqui no Processo, Verª Margarete, que a Liderança do PPS assinou o Projeto de Resolução, quer dizer, eu acho que a Liderança do PPS não atropelaria o Ver. Garcia, do PPS.

Lendo o Projeto, ele me agrada muito. Nós chegamos ao ponto de termos 65 formas de homenagear as pessoas. É, com certeza, absoluto exagero! E isso abria espaço, claro que na minoria das vezes, para que o Vereador homenageasse muito mais uma pessoa por conhecê-la, por ser amigo, do que exatamente pelo trabalho que estava prestando à comunidade. Então, agora, segundo a proposta, nós vamos ter três Prêmios hierarquicamente estabelecidos. O maior Prêmio é o Troféu Ordem dos Açorianos; o intermediário é a Comenda Porto do Sol - está estabelecido quando cada um tem que ser dado - e, por último, o Diploma Honra ao Mérito, quando a pessoa se destaca na sua atividade. E, a partir daí, vai crescendo a importância.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Guilherme Barbosa, apenas para fazer justiça ao Ver. Professor Garcia: ele não assinou o Projeto de Resolução, o Projeto de Resolução é assinado pela Mesa. Ele foi um dos que trabalharam no processo.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Dib, eu disse que a Liderança do PPS assinou o Projeto de Resolução, e está aqui assinado, realmente.

 

O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu acho que muitas vezes esta Casa se expôs ao ridículo por ter 65 Prêmios, como V. Exª falou com perfeição. Mas, pelo excesso, nós não podemos ir para a escassez. E, especialmente, eu quero saber quem é que vai, perante a sociedade, defender a anulação dos Prêmios Erico Verissimo, Lupicínio Rodrigues, Mário Rigatto, José Lutzenberger, que foram ícones da sociedade.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Sebenelo - meu tempo vai terminar -, eu quero dizer que a importância de um tema depende ou independe do Título que ele tiver.

 

O Sr. Claudio Sebenelo: Quem sabe deixamos pelo meio, Vereador, nem demais, nem de menos.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Nós não podemos fazer um debate agora, senão eu vou ter um aparte no aparte de Vossa Excelência. A importância do Prêmio independe do nome que tiver. Na literatura, nós temos todos esses nomes maravilhosos já citados. Quem não adora e reverencia todos esses nossos autores? Se vai para o lado da pintura, da escultura, da dança, do esporte, e aí, em cada um deles, nós citaremos, com certeza, dez destaques. Portanto, nós voltaríamos de novo. A lógica do Projeto da Mesa, parece-me, é pela importância do Prêmio e do Título da condecoração, não está ligado a uma pessoa. Quando se chama Ordem dos Açorianos - e açoriano está ligado à nossa história -, eu acho que se estabeleceu a hierarquia maior; depois vem a Comenda Porto do Sol - sol, para nós, pôr-do-sol é destaque - e, depois, Honra ao Mérito, que, digamos, seria dar um menor destaque, mas, mesmo assim, homenageando pessoas que já se destacaram no seu meio.

Eu acho que já está bem colocado, Ver. Claudio Sebenelo, e não significa que nessa nova organização nós estejamos negando a importância de todas as pessoas já citadas, todas elas moram no nosso coração e merecem a nossa reverência, mas é que para trabalhar o enxugamento não teria outra forma. Eu gosto muito das coisas simples porque elas funcionam melhor, são mais claras e assim por diante. Portanto, eu acho que este Projeto é simples e não vai desmerecer aqueles que são homenageados; pelo contrário, aquele que receber o Troféu Ordem dos Açorianos vai ter aqui uma homenagem muito grande. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Encerrado o período de Pauta.

O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NILO SANTOS: Exma Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras que nos acompanham nesta tarde, eu gostaria, primeiramente, de fazer um registro de um fato ocorrido na semana passada na Secretaria Municipal de Obras e Viação. O Secretário Maurício Dziedricki e o Ver. Ervino Besson assinaram um documento contratando uma empresa para fazer um levantamento, um projeto para a duplicação da Av. Vicente Monteggia, uma via muito importante para os bairros Vila Nova, Belém Velho, Campo Novo, para aquela região toda. É uma via superimportante, e o que mais me chama atenção é que durante muitos anos, senhoras e senhores, a duplicação da Av. Vicente Monteggia vinha sendo discutida dentro da comunidade, vinha sendo debatida dentro da comunidade, como se já houvesse um projeto de duplicação daquela via. Eu fiquei espantado - creio que toda a comunidade daquela região também ficou -, porque não havia sequer um projeto, Ver. Dib; não havia projeto de duplicação da Av. Vicente Monteggia, e era passado sempre para a comunidade que a coisa estava em andamento. Houve uma época em foi dito que a empreiteira pegou o dinheiro e foi embora. Outra época foi espalhado, na Vila Nova, que a duplicação iria sair no outro ano, no próximo ano. Agora, tem gente prometendo - porque nós temos eleição para Associação de Moradores no Bairro - que vão apoiar, que vão cobrar a duplicação da Av. Vicente Monteggia. Mas, senhoras e senhores, não há nem o Projeto para poder buscar dinheiro! Não há projeto para fazer a captação de recursos!

Eu gostaria que desta tribuna também fosse dito isso, principalmente pelos Vereadores que moram na Zona Sul. Eu gostaria, Ver. Ervino Besson, que o Secretário Maurício Dziedricki fosse parabenizado desta tribuna não apenas por mim ou pelo Ver. Ervino Besson, mas por todos os Vereadores que são daquela região - Ver. Todeschini, Ver. Comassetto, que é lá da Vila Nova -, por aquele pessoal que passa pela Av. Vicente Monteggia, que eles dissessem: “Secretário Maurício, até que enfim alguém teve coragem de elaborar, de buscar um projeto para a duplicação, para o escoamento da produção do bairro Campo Novo!” Isso precisa ser dito nesta Casa também, senhoras e senhores, para que a oposição seja equilibrada. Porque senão o Ver. Guilherme Barbosa vem aqui e fala dos buracos. Senhoras e senhores, é um momento histórico para a Zona Sul de Porto Alegre: está começando a ser elaborado um estudo para a duplicação da Av. Vicente Monteggia, senhoras e senhores. Que pare a Zona Sul, neste momento, para prestar a atenção. E os Vereadores da oposição não fizeram, ainda, nenhum tipo de comentário sobre a elaboração, sobre o estudo desse projeto que está começando agora pela SMOV.

Parabéns ao Prefeito Fogaça, ao Secretário Maurício e a toda a sua equipe! E eu, pertencendo ao Partido Trabalhista Brasileiro, que é o mesmo Partido do Secretário Maurício Dziedricki, sinto-me, neste momento, honrado por esse movimento feito. Tenho certeza de que, no fundo, no fundo, o Ver. Todeschini e o Ver. Comassetto... Eu percebo que o Ver. Todeschini está muito feliz porque não pára de fazer gestos, rindo à toa; é porque ele usufrui da Av. Vicente Monteggia todos os dias para sair de casa e voltar. E essa duplicação vai favorecer toda aquela comunidade.

As coisas boas precisam ser registradas, Ver. Comassetto e Ver. Todeschini! Precisam ser registradas, porque senão o povo vai achar que o Prefeito Fogaça, que recebeu... Vejam, 64 cidades brasileiras receberam o selo “Município Livre do Analfabetismo”. O Presidente Lula premiou; Porto Alegre é a única Capital entre as cidades contempladas com esse selo. Maravilha, senhoras e senhores! Essas coisas boas têm que ser ditas nesta tribuna, senão parece que está tudo errado. E não está tudo errado! Parabéns, mais uma vez, pelo movimento feito pela SMOV, pelo Governo Fogaça, para a elaboração do projeto de duplicação da Av. Vicente Monteggia! Parabéns a todos nós da Zona Sul!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Parabéns, Ver. Nilo Santos!

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ADELI SELL: Verª Maristela Meneghetti, dirigindo os trabalhos nesta tarde; colegas Vereadoras e Vereadores: o Ver. Todeschini e o Ver. Comassetto, que são da minha Bancada e são moradores da Zona Sul, Ver. Nilo, estão muito atentos a todas as coisas que acontecem na Região e na Cidade. Inclusive eu queria lembrar ao Ver. Nilo que foi a nossa Bancada que apresentou, em 2006, a diretriz para a duplicação dessa avenida, mas ela foi rejeitada. A diretriz foi rejeitada; nada como um dia depois do outro!

Eu queria, Verª Margarete Moraes, lastimar a questão da Saúde em Porto Alegre. A Verª Margarete fez antes uma intervenção, quando pontuou o conjunto de problemas e elementos trágicos da Saúde em Porto Alegre. Não é apenas a situação do Postão, do PAM-3; é a situação do HPV, que tem espaços devolutos por falta de uma reestruturação administrativa que coloque profissionais em lugares onde não há; é o Posto da Castelo, que virou uma tapera; é a Lomba do Pinheiro, na Esmeralda, que continua em busca do posto; também temos a situação da Bom Jesus, a situação da Asa Branca, e há outros tantos espaços de saúde que nós não temos. Agora, a Governadora fala em postos 24 horas. Ora, senhoras e senhores, eu vi hoje os dados do Governo do Estado sobre as aplicações financeiras, e a aplicação do Estado é menor do que a da cidade de Porto Alegre. Isso é trágico! Menor do que a aplicação da cidade de Porto Alegre!

Nós estamos vendo inúmeros problemas na Cidade, os quais nós temos que trabalhar. Eu queria lembrar o problema da escuridão da Av. Sertório, pois foi várias vezes acionado o Secretário Dziedricki, e nada foi feito. Eu quero lembrar o mudismo da Prefeitura de Porto Alegre em relação à Av. Baltazar de Oliveira Garcia. O Governo do Estado anda mais enrolado do que nunca, não consegue resolver o seu problema, e nós continuamos com a triste realidade da Av. Baltazar de Oliveira Garcia.

Os problemas são muitos, mas eu não poderia, neste espaço de Liderança, num momento em que três mulheres destemidas estão na Mesa Diretora desta Casa, Vereadoras que têm marcado a sua presença aqui, deixar de tratar de um fato trágico ocorrido no Rio de Janeiro com a Srª Sirlei Dias Carvalho Pinto, de 32 anos, empregada doméstica, que foi agredida brutalmente, roubaram-lhe 47 reais, telefone celular e documentos. E um dos jovens, de classe média abastada, disse: “Bati porque achei que ela fosse vagabunda”. São as suas palavras, estão em todos os jornais. A minha solidariedade às mulheres brasileiras, a minha solidariedade às colegas Vereadoras, lutadoras, feministas, porque este é aquele Brasil de que eu falei, dividido em dois brasis: o Brasil dos direitos humanos, um Brasil da democracia, da participação, do respeito, da paz, e o outro Brasil, do outro lado, é o da brutalidade, da arrogância daqueles que, de cima, espezinham os que estão abaixo.

A Srª Sirlei Dias Carvalho Pinto, brasileira, empregada doméstica, ia para casa, esperava o seu ônibus, e cinco pit boys a abatem e a agridem. Isso tem que terminar, como tem que terminar a arrogância daquele Juiz do Paraná que não atendeu um pobre lavrador que usava sandálias. Espero que essas coisas comecem a mudar, como comece a mudar o comportamento no Tudo Fácil e no Instituto de Perícias, onde se faz a Carteira de Identidade, porque, há pouco, nós ligamos para lá, e foi confirmado que pedem o Atestado de Pobreza dado pela FASC, a qual não dá esse Atestado. Estão cometendo um ilícito, e a nossa Bancada e esta Liderança continuarão a cobrar aqui das autoridades públicas deste Estado. Querem cobrar documento dos pobres, estão cometendo um ilícito! Vamos acabar com esses dois brasis e formar um só: o Brasil da democracia, o Brasil das liberdades, o Brasil do respeito, da paz e da harmonia. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, hoje de manhã estive na Assembléia Legislativa acompanhando a abertura de um Seminário promovido pelo PSDB, onde também estava presente a Governadora do nosso Estado, a ex-Deputada Yeda Crusius, abordando o assunto sobre violência, Segurança Pública; aliás, um dos assuntos que mais preocupam a nossa população. E gostei muito, Ver. João Dib, do enfoque que foi dado tanto pela Governadora como por algumas das Lideranças de todo o Brasil que estavam lá presentes a respeito desse tema que assusta, cada vez mais, todos nós que temos medo de deixar os nossos filhos irem às ruas, de livremente transitarem de um setor para o outro tanto na nossa Cidade como também em outras cidades. É de se exaltar que, tanto com o primeiro Secretário, que foi indicado pela Governadora Yeda Crusius, como também com o Secretário Mallmann, esse setor de repressão com relação àquilo que deve fazer a Segurança Pública em um Estado deu resultado. Política empreendida pela Governadora Yeda Crusius e que foi seguida tanto pelo primeiro Secretário como pelo segundo: abordagens aos veículos; a chamada Lei Seca, que tenta fazer com que o uso da bebida alcoólica não patrocine acidentes graves, grandes tragédias em nosso Estado.

Mas o que me chama mais a atenção naquilo que está sendo feito como política para se combater a violência, Ver. João Antonio Dib, é exatamente a incursão dentro das famílias. É a tentativa de fazer com que as políticas possam ser direcionadas para as famílias, para que, através das famílias, nós possamos, realmente, fazer alguma coisa para começar a conter a violência que se instala em todo o País. E como fazer essa intervenção dentro das famílias? Oferecendo para os jovens uma melhor Educação; oferecendo para os jovens postos de empregos, oportunidades para que esses jovens possam, de alguma forma, ter direcionados os seus interesses e possam iniciar as trajetórias em suas vidas; também oportunidade para recreação, para a prática de esportes.

Eu acredito que tudo isso são políticas que há algum tempo já foram tentadas aqui em nosso Município, de fazer com que as famílias recebam melhores aportes, no sentido de que possam manter os seus jovens de alguma forma e de também os fazer crescer de uma maneira mais sadia. Aqui no Município, eu confesso que essa tentativa deu certo durante algum tempo. Eu até pensava que ela seria aumentada no sentido de fazer com que esses jovens pudessem crescer com oportunidades dentro de suas próprias famílias. Isso não aconteceu, parece que houve um arrefecimento, de uns tempos para cá, com relação a essa política de incentivar, de dar base para as famílias, a fim de que elas pudessem criar os seus jovens.

Louvo essa tentativa da Deputada Yeda Crusius e Governadora, agora, do nosso Estado. A Governadora de nós todos, Yeda Crusius, tenta fortalecer a célula familiar, tenta fazer com que, através da célula familiar, nós possamos dar um amparo maior à nossa juventude; fazer com que o nosso jovem possa ter uma oportunidade de emprego; fazer com que o nosso jovem possa ter um local para se divertir, para fazer recreação, para fazer esportes - acho que realmente esse pode ser o grande caminho. Porque, afinal de contas, se ficarmos somente no terreno da repressão, de aumentar o número do nosso efetivo policial, não vai haver dinheiro que chegue, e jamais vamos conseguir, realmente, atingir um estágio de uma sociedade melhor. Acho que essa política, que vai fazer com que a família seja exaltada, a família em primeiro lugar, é uma fórmula mais correta de tentarmos combater esse grande câncer que se instalou no organismo da sociedade, que é exatamente a violência. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Sr. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. RAUL: Verª Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e aqueles que nos assistem pela TV Câmara; eu ocupo este período de Liderança para falar de um assunto que foi o principal assunto que me motivou neste mandato. A questão do planejamento familiar - e o Ver. Braz teceu comentários -, como a família em primeiro lugar, é o que realmente nós precisamos ter neste nosso País, nesta nossa Cidade. Gostaria de frisar algumas iniciativas importantes que temos tomado nesse sentido.

Recentemente entrei com um Projeto de Lei que institui em Porto Alegre o Protocolo de Intenções para a Promoção do Planejamento Familiar na Cidade, porque acreditamos que há necessidade de fazer com que as entidades se unam, sejam elas públicas ou privadas, para que o planejamento familiar se efetive na nossa Cidade de maneira mais forte, com maior intensidade. O planejamento familiar trata de termos os filhos que quisermos e quando quisermos. É tentar eliminar as gravidezes indesejadas, fazer com que as famílias vivam, realmente, com dignidade, com saúde, segurança, educação, emprego e numa sociedade bem dimensionada neste País. Então, esse Projeto de Lei fará com que as entidades públicas e privadas possam, através de um Protocolo de Intenções Municipal, direcionar as suas iniciativas de uma maneira mais clara e integrada com ações prepositivas na área do planejamento familiar.

Outra iniciativa que tomamos foi a criação do Conselho Municipal de Planejamento Familiar, para que as entidades, as Secretarias, todos os entes envolvidos, possam sentar e direcionar o que é melhor para o controle social na nossa cidade de Porto Alegre. Na mesma linha de raciocínio, entrei com um Projeto quando ainda era Suplente de Vereador, para que seja implementado na Cidade o Centro Integrado de Planejamento Familiar de Porto Alegre, ou seja, que Porto Alegre tenha efetivamente um centro de referência, ao qual as pessoas possam ir de maneira direta, ou referenciadas através dos Programas de Saúde de Família ou das Unidades Básicas de Saúde, das escolas, da comunidade; que possam se dirigir até lá e ter um acolhimento, que será desde a orientação, com ensinamentos, palestras, até o tratamento da infertilidade e explicações sobre todos os métodos anticoncepcionais. E também para lá receberem informações sobre tratamentos clínicos, cirúrgicos, enfim, que isso possa estar claramente dimensionado e adequado à nossa população, a fim de que a gravidez indesejada seja, realmente, eliminada.

Estamos trabalhando no sentido das Parcerias Público-Privadas na área do planejamento familiar. Estamos tentando que entidades privadas disponibilizem palestras gratuitas para associações de moradores, nos postos de saúde, para a sociedade em geral, o que já está em fase adiantada, pois realizarmos parcerias nesse sentido através da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa. Temos desenvolvido nessa área - para deixar bem frisado que estamos com um mandato fortemente voltado para essa questão - o Fórum de Planejamento Familiar, promovido pela COSMAM, que é a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, em que já tivemos dois seminários, sendo um com políticas públicas voltadas à área do planejamento familiar e outro com as ferramentas necessárias para a efetiva implementação do planejamento familiar.

Então, para finalizar, eu só queria desejar saúde e planejamento familiar para todos.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESDIENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Dr. Raul.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero dizer que a Governadora Yeda Crusius, o Ver. Luiz Braz e o Ver. Dr. Raul têm absoluta razão quando falam que a família é a célula central da sociedade. Através dela, nós poderemos conseguir muitas coisas. Mas as famílias, em geral, estão desestruturadas por falta de educação, por falta de saúde, por falta de trabalho e também por falta de planejamento.

De qualquer forma, eu quero voltar a falar no Plano Diretor. Lei é lei quando é clara e precisa ser cumprida. Então, na atual Lei do Plano Diretor, diz-se do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento (Lê.): “Art. 33 - Fica criado o Sistema Municipal de Gestão do Planejamento como um processo contínuo, dinâmico e flexível, que tem como objetivos: I - criar canais de participação da sociedade na gestão municipal; II - garantir o gerenciamento eficaz direcionado à melhoria da qualidade de vida; III - instituir um processo permanente e sistematizado de atualização do PDDUA. Art. 36 - São atribuições do Sistema Municipal de Gestão e Planejamento: I - elaborar e coordenar a execução integrada de planos, programas e projetos, promovendo a sua viabilização junto ao processo de elaboração do Orçamento Municipal; II - informar e orientar acerca de toda e qualquer legislação urbanística e ambiental municipal.” Mas aqui está uma coisa que eu considero importante, que é uma das atribuições do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento, que é monitorar a aplicação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental com vistas à melhoria da qualidade de vida.

“Art. 37 - O Serviço Municipal de Gestão do Planejamento é gerenciado pela Secretaria do Planejamento Municipal, a qual compete: I - estabelecer as diretrizes do desenvolvimento urbano ambiental, planejar e ordenar o uso e ocupação do solo do Município de Porto Alegre através da elaboração, monitoramento e revisão de planos, programas e projetos, visando a sua permanente atualização.” O Plano atual é de 1999, em 2002 ele teria que trazer para o conhecimento dos Vereadores as primeiras informações. Mas ele não foi monitorado por ninguém. E agora eu tenho medo de que os técnicos não sejam ouvidos e de que nós tenhamos outro problema. Diz ainda: “III - gerenciar a normatização necessária ao planejamento urbano”. E o Art. 38 diz: “Para dar suporte à decisão técnica-administrativa serão criadas Comissões Técnicas vinculadas à estrutura do SMGP, com características diferenciadas, segundo o seu objeto...”

Portanto, Porto Alegre precisa do seu Plano Diretor com urgência, mas que ele seja analisado por aqueles técnicos responsáveis, que nós sabemos que há na Secretaria Municipal de Planejamento e na Prefeitura. Nós precisamos que eles nos façam um bom trabalho e não apresentem apenas aquela quantidade de emendas. Eu não assisti a nenhuma das Audiências Públicas, a não ser uma que houve aqui na Câmara, portanto eu não tinha emenda nenhuma, não tenho problema nenhum. Agora, nós, Vereadores, temos a responsabilidade de fazer uma análise muito bem feita do que foi encaminhado para nós, e, aí, eu já estou dizendo que nós precisamos convocar os técnicos do Município, pelo menos alguns técnicos do Município para nos dar assessoramento, porque a maioria dos Vereadores não conhece Plano Diretor, eu me incluo também. São coisas que precisam ser resolvidas com muita rapidez, porque a alma e a vida da Cidade dependem do Plano Diretor para um crescimento harmônico, para uma vida melhor para todos os porto-alegrenses; é o que nós queremos. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores. Ver. Luiz Braz, eu quero dizer a V. Exª, nosso colega aqui, junto conosco nesta Casa, que de fato é verdade essa preocupação que nós todos temos em relação à desestruturação da família, incluindo aí o problema do alcoolismo, do abuso, e não apenas o abuso, mas a luta, Ver. Raul, constante que temos em relação à questão do tabagismo. Lembro o recuo que existe em relação às relações internacionais, por exemplo, sobre a questão de não termos ratificado ainda a Convenção Quadro da forma como ela deveria ter sido, numa progressiva mobilização internacional, no sentido de fazer com que a cultura do tabaco seja cada vez mais substituída por outras práticas agrícolas; enfim, para que possamos também nessa área ter uma saúde melhor não apenas para o nosso País, mas para o mundo inteiro. Vejam o alto índice, por exemplo, que nós temos em relação às mulheres, e eu, como ex-fumante, posso dizer isso; quando me preparava para ter a minha filha, decidi não mais fumar; na verdade, fumar é uma doença, e é uma doença estimulada.

Então, eu acho que faz muito bem o Dr. Raul, quando trata da questão não apenas do controle da natalidade, mas quando discute e enfrenta a questão do planejamento familiar; é um tema sobremaneira importante para nós. A iniciativa de vir um cientista da área, um médico, conhecedor da causa, nos ajuda, traz-nos elementos esclarecedores e nos ajuda - a todas as partes que aqui estão - a chegar às nossas bases, a poder qualificar a discussão para enfrentarmos essa problemática. Eu quero dizer que precisamos definitivamente enfrentar os problemas. Não adianta ficarmos penalizando os comerciantes pela questão do cigarro. Não adianta apenas fazermos toda uma política do ataque ao álcool e não atacarmos a causa, que é a indústria, aqueles que justamente têm todo o lucro e que não ajudam o Estado a resolver, porque não estão preocupados com isso. Nós sabemos que é importante, sim, conscientizar através dos meios de comunicações, colocar uma placa dizendo: “Isso faz mal à saúde”. Quando nós não enfrentamos...

E nós também, enquanto políticos, muitas vezes temos vontade disso, e aí entra um outro problema sério, que é o não-financiamento das campanhas públicas. Não temos isso. Eu já vi muita gente boa se perder no caminho, nessa droga que são as questões das campanhas financiadas pela iniciativa privada. E, cada vez mais, todos nós acabamos sendo capturados numa grande teia; muitos dobram a espinha, e acontece o que já ocorreu em muitos lugares. Tomara Deus que nós não caiamos nessa teia daqui a pouco, nessa droga que poderá ser a revisão do Plano Diretor, se não tivermos autonomia nesta Casa.

Nós falamos no aquecimento global, falamos no número cada vez maior de carros, mas não aprofundamos a instalação e temos que ficar presos aos subsídios, aos investimentos que essas empresas trazem, enquanto que a médio prazo estamos sendo destruídos pela questão viária, pela poluição, pelo aquecimento global. E fazemos guerras fratricidas, apoiamos ou não, pelo cerne de outras drogas que nós temos, que estamos interligados, por não termos ainda o financiamento público das nossas campanhas. Então, temos que enfrentar todas as drogas que estão inteiramente relacionadas. Não se trata de um discurso demagogo - porque um foi a favor, e outro foi contra -, não é apenas dizer aqui que há viúvos disso ou daquilo, no sentido de estarem nos apoiando. É um discurso, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, que nós temos que enfrentar, porque mais cedo ou mais tarde todos vamos estar emaranhados nessas teias, o que é um crime para a nossa saúde, a saúde de vida, a saúde do equilíbrio, a saúde da ética e a saúde da sabedoria de um povo que tem que passar deste subdesenvolvimento para outra fase. Nós temos visto nesta Casa contribuições riquíssimas, mas temos que nos irmanar em questões maiores, porque, se não combatermos essas drogas, não conseguiremos ter saídas coletivas. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Tempo Especial.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, na última sexta-feira, dia 22, estive participando da reunião da Coordenação Nacional da Frente Nacional dos Vereadores pela Reforma Urbana. No papel de coordenador aqui do Rio Grande do Sul e na oficialidade desta Casa, estive na reunião em Belo Horizonte e quero fazer um breve relato dos trabalhos e, ao mesmo tempo, estender à Presidência e à Mesa todos os temas que tratamos lá e seus devidos conteúdos.

O primeiro trabalho que fizemos foi uma avaliação do desempenho do envolvimento das Câmaras e das demais cidades na elaboração e revisão dos Planos Diretores, conforme o Estatuto das Cidades. Já entregamos à Mesa o trabalho que elaboramos, que foi distribuído para todo o Brasil, com apoio do Confea e do Ministério das Cidades, que é uma cartilha intitulada “Os Vereadores no processo de elaboração de Planos Diretores Participativos”. Isso está no site, inclusive, do Ministério das Cidades, está à disposição; foram elaboradas 15 mil cartilhas e distribuídas para todo o Brasil. O resultado que temos hoje, Verª Margarete Moraes, é: dos 1.682 Municípios que deveriam ter elaborado seus Planos Diretores até outubro do ano passado e/ou revisado, alcançamos que 1.130 Municípios - 67% - efetivaram esse trabalho e o aprovaram nas suas Câmaras de Vereadores; 196 elaboraram ou iniciaram o trabalho e não enviaram às suas Câmaras de Vereadores - que é o caso do Município de Porto Alegre, que não cumpriu a determinação da Lei Maior, o Estatuto das Cidades -, e 296 estão ainda em elaboração no Executivo. Somente 60 Municípios não trataram do tema.

Este relato é importante para dizer como o tema do planejamento passou, a partir da criação do Ministério das Cidades, a ocupar um novo destaque na vida nacional. Portanto 96,4% dos Municípios que são obrigados a apresentar o trabalho, ou seja, os que têm mais de 20 mil habitantes, trataram o tema, e 67%, na sua complementariedade, trabalharam exaustivamente, construindo seus Planos Diretores onde não havia e revisando-os. Portanto, isso é um saldo e um salto de qualidade para a política habitacional deste País, pois o tema Reforma Urbana é um tema ainda pouco tratado, pouco discutido nas Câmaras Municipais e pouco trabalhado pelos Executivos Municipais, pois ele trabalha uma complexidade fantástica, que nós continuamos tendo. A cidade real, que é diferente da cidade legal, e as irregularidades e a falta de saneamento básico continuam sendo uma orientação e uma realidade, e agora, com a nova orientação do Ministério das Cidades, essas figuras começam a mudar.

Bom, dito isso, eu trago aqui à Presidência, à Mesa o resultado da 2ª Conferência Nacional das Cidades, trazendo todas as resoluções que foram aprovadas. O terceiro ponto é a preparação para a próxima Conferência, a 3ª Conferência, com que os Municípios têm que se envolver, e Porto Alegre ainda não chamou a organização para esse evento que deverá acontecer agora no segundo semestre. Trago também o material referente à 3ª Conferência, e nós temos aqui uma função fundamental, senhores e senhoras, para construir até a Conferência, pois todos os Municípios brasileiros têm que ter os seus Conselhos Municipais e os seus Fundos Municipais da Habitação para poderem trabalhar as políticas nacionais. Então esta é uma tarefa: a Frente Nacional de Vereadores pela Reforma Urbana está trazendo a documentação à Câmara, está colocando aqui, para que nós possamos, no segundo semestre, até a próxima Conferência, fazer com que esse tema avance.

E, se a Srª Presidenta me permitir mais alguns segundos, eu trago aqui o balanço de todo o Plano de Aceleração de Crescimento do País, todo completo, inclusive com a avaliação do primeiro trimestre, de janeiro a abril de 2007. E quero dizer que, no Programa de Habitação, o Governo Federal está destinando, para 2007, 112 bilhões de reais, sendo que, desses, para a área social e urbana, são 43,6 bilhões, os quais nós aprovamos aqui nesta Casa, quando da busca de 133 milhões para o Programa Socioambiental, que vem desse Fundo. Portanto entrego à Casa todo esse relato do Programa de Aceleramento do Crescimento relacionado às políticas urbanas, à Reforma Urbana e aos programas de saneamento. Entrego também à Mesa um CD que poderá ser estendido a todos os colegas Vereadores e Vereadoras.

Junto com a programação do Encontro, quero convidar todos - visto que isso tem de ser chamado pelo Executivo -, para que, juntos, venhamos a construir, no segundo semestre, com a participação das Câmaras de Vereadores, a 3ª Conferência Nacional das Cidades. Só os Municípios que participarem estarão credenciados para receberem os recursos e a política federal.

Por último, eu gostaria de comunicar a esta Casa que, por uma vacância que houve no Conselho das Cidades, representando os Vereadores, fui convidado - e assim aceitei - pela Coordenação Nacional a assumir uma das suplências no Conselho Nacional das Cidades, referente ao tema “O Conselho Nacional das Cidades”. Portanto quero comunicar aqui aos colegas Vereadores e Vereadoras que, pela Coordenação Nacional da Frente Nacional dos Vereadores pela Reforma Urbana, estarei representando esta Casa e os Vereadores do Rio Grande do Sul, como suplente, nesse Conselho.

Muito obrigado, Srª Presidenta, passo às suas mãos toda a documentação que aqui relatei. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Minha cara Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar todos. Quero agradecer ao meu querido colega Ver. Mario Fraga, pois nós temos, no Partido, uma escala para falar em Liderança, e o hoje era o seu dia de falar, no entanto ele concedeu seu tempo a este Vereador. Então, eu agradeço, mais uma vez, ao Ver. Mario Fraga.

Eu fico triste quando vejo alguns colegas Vereadores e Vereadoras criticarem tanto o Prefeito desta Cidade, e de uma forma até, em alguns momentos, desrespeitosa, por exemplo, chamando o Prefeito de mentiroso, referindo-se a uma possível falácia eleitoral e assim por diante. Nós sabemos que o Prefeito tem o maior respeito por todos os Vereadores, independentemente de sigla partidária, e faz um trabalho que considero bom para a cidade de Porto Alegre, com todas as dificuldades. Nós ouvimos tanta crítica aqui, meu caro Líder da Bancada, Ver. Nereu D’Avila, sobre a área da Saúde. Será - é uma pergunta que eu faço - que o Postão não tem condições de permanecer aberto e ser reformado, atendendo a população? Tem condições, mas o Prefeito fez a parte dele, já foi fechado, já reabriu.

Eu quero falar a V. Exas e às pessoas que nos assistem pelo Canal 16 da maior enchente de Porto Alegre, que ocorreu em 1964. Eu sou enfermeiro da Cruz Vermelha Brasileira, quando de uma das maiores enchentes, pelo menos à que eu assisti, nós montamos um mini-hospital na Petrobras, onde assistimos centenas de pessoas. No período, eu era funcionário do Secretariado, fui liberado e trabalhei durante três meses na Cruz Vermelha Brasileira. E nós aliviamos, tenho certeza de que salvamos muita gente.

Nós temos aqui três médicos: o Ver. Sebenelo, o Ver. Dr. Raul e o Dr. Goulart, que não se encontra no plenário neste momento. Falando com eles, eles dizem que o Postão tem condições de atender de uma forma um pouco precária. Agora, parece que o Prefeito é culpado de tudo que está acontecendo nesta Cidade!

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Marcelo Danéris, referindo-se à morte de duas pessoas devido o fechamento do Postão.)

 

O SR. ERVINO BESSON: A morte... Nós todos um dia nascemos e um dia morreremos, é o natural da vida. Agora, culpar o Postão, porque morreram as pessoas...! Convenhamos, gente! Agora é culpa do Prefeito que as pessoas morreram, porque o Postão está fechado? Não é, não é. Eu acho que nós temos que respeitar as pessoas. Aqui, a Câmara sempre acha um culpado, e o culpado de tudo que acontece de errado na Cidade é o Prefeito...

O Ver. Nilo falou muito bem: sobre a duplicação da Av. Vicente Monteggia, foi dito nesta Casa que o projeto estava pronto, que, em 2002, se daria início à duplicação da Av. Vicente Monteggia. Não tem projeto coisíssima nenhuma! Agora, sim, o Prefeito assinou; eu, inclusive, assinei junto com o Ver. Nilo na semana passada, na Secretaria, e, dentro de 90 dias, ou um pouco mais, teremos o projeto pronto para a duplicação da Av. Vicente Monteggia.

E também cito o Distrito Industrial da Restinga, de que tanto se falou; uma grande obra. Eu ouvi aqui vários discursos, mas não saíram do papel, Ver. Cassiá DJ, V. Exª é daquela região, da Restinga, e tem um belo trabalho lá. Hoje a realidade está aí. E nos próximos dias iremos, com a TVCâmara, ao Distrito Industrial da Restinga mostrar para a população de Porto Alegre o que está sendo feito lá, que saiu do papel. Vamos mostrar à Cidade, porque vários discursos foram feitos aqui: questão do Distrito Industrial da Restinga, questão de dias, enfim, belos discursos; agora, na prática, não saiu do papel. Hoje, sim, vamos mostrar para a Cidade que saiu do papel, tem que mostrar as coisas boas, porque aqui é fácil criticar.

Olha, gente, sinceramente, pegar este microfone e criticar é muito fácil. Agora, vamos mostrar a realidade desta Cidade, as coisas boas que acontecem nesta Cidade. Eu sempre me lembro de uma frase do Ver. João Antonio Dib: “Competente é aquele administrador que sabe administrar com poucos recursos”. Este é competente. Será que a outra Administração teve essa competência - em 2000, 2001 e 2002 -, porque não conseguiu administrar pois tinha poucos recursos? O Prefeito assumiu esta Cidade nessa situação, mas, graças a Deus, com a sua competência, conseguiu administrar, e hoje a Prefeitura está financeiramente estabilizada, e as obras estão aí. No decorrer desse um ano e pouco - no próximo, teremos eleições -, a população de Porto Alegre terá condições de ver, sim, grandes obras para a sua Cidade. Muito obrigado, minha Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, vou falar aqui sobre a política da criança e do adolescente da nossa Cidade. Antes eu queria comunicar a algumas Vereadoras e Vereadores que parecem que ainda não sabem, ou fazem questão de não saber, que a interdição do Postão 3 foi solicitada pelo Conselho Regional de Medicina, e a decisão de não fazer o atendimento no período de construção das obras foi uma decisão tomada pelos médicos do PACS e apoiada pelo Conselho. Evidentemente, um posto não pode funcionar sem médicos. É uma coisa tão óbvia que eu não sei como é que se discute isso aqui ainda mais uma vez. As obras estão em andamento, numa rapidez maior do que a prevista. Nesse final de semana, o Prefeito, pessoalmente, acompanhou as obras, mas parece que os Vereadores não leram os jornais, pelo menos alguns, aqueles que estão colocando isso.

Ainda sobre as atividades desse final de semana, eu queria trazer aqui para os Vereadores algumas questões superimportantes, extremamente significativas, que ocorrem na área da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Alguns dias atrás, nós tivemos a oportunidade de participar da abertura do curso de formação para os candidatos a Conselheiros Tutelares. Estavam lá - inclusive fizeram a abertura dos eventos - a Câmara de Porto Alegre, através da Presidenta, e a Prefeitura de Porto Alegre. Realmente foi emocionante ver mais de seiscentas pessoas que se capacitam para depois fazerem a disputa eleitoral. Eu acho que esse modelo, que foi aprovado por esta Casa na lei que regulamenta as eleições dos Conselhos Tutelares, tem que ser um modelo extremamente divulgado, porque uma preparação do ponto de vista do conteúdo, de capacitação de um candidato poderia ser uma coisa ampliada para outras áreas, inclusive para as próprias áreas parlamentares.

Eu queria falar aqui da VII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. (Mostra cartaz.) Nesse final de semana, aconteceu em Porto Alegre a VII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que tinha uma palavra de ordem extremamente significativa: “Concretizar Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes: Investimento Obrigatório”. Esses novos avanços que temos conseguido em Porto Alegre na área da infância e da adolescência, quer seja na capacitação dos recursos humanos, na ampliação dos recursos, dos investimentos e da participação da própria sociedade, é um modelo que deve ser muito divulgado não apenas na nossa Cidade, mas também em outras cidades brasileiras, porque pode se constituir como uma referência de políticas de proteção à infância e à adolescência no nosso País. Eu achei muito importante ver sistematizados vários desses avanços, por exemplo, a ampliação de oito para dez microrregiões de atendimento dos Conselhos Tutelares na nossa Cidade, microrregiões que hoje trabalham com uma infra-estrutura física e recursos humanos completamente adequados às necessidades. Tivemos a construção de 21 novas creches em andamento na nossa Cidade, era uma dívida social fundamental de ser recuperada exatamente nessa área da Educação Infantil.

Eu também achei muito importante toda a discussão que foi feita sobre o aumento do trabalho socioeducativo com as nossas crianças de baixa renda, a duplicação dos Programas de enfrentamento à exploração do trabalho infantil - eram duas mil e hoje são mais de quatro mil crianças atendidas por esse Programa - e os Programas que trabalham com os espaços lúdicos da criança, como é o Bonde da Cidadania e uma série de outras atividades descentralizadas, que são feitas hoje inclusive num trabalho de prevenção, para que as crianças não fiquem em condição de rua e possam ter o atendimento, o acolhimento nas suas regiões de moradia.

Então a VII Conferência teve uma enorme participação das entidades que têm construído, nesse espírito de Governança, os novos atendimentos e feito toda uma política de proteção às crianças que estão em situação de vulnerabilidade ou de risco no nosso Município. É muito bom vermos a priorização de uma política pública para a área da infância no momento em que se registram tantos abandonos e um crescimento de exclusão social.

Porto Alegre está de parabéns - a Prefeitura de Porto Alegre e as suas parcerias com as ONGs, com as inúmeras entidades, com seus Conselheiros Tutelares, que se juntam todos na defesa da infância e dos adolescentes da nossa Cidade.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa para a apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem do Dia: em primeiro lugar, o PR nº 031/07; logo após, o Requerimento nº 034/07, o PDL nº 007/07 e PLL nº 095/06. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Presidenta, neste momento, o autor do primeiro Projeto não está no Plenário. Eu peço a inversão para votar num segundo momento este Projeto.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Podemos anexar no final dessa ordem, uma vez que o Ver. João Carlos Nedel está em representação. Pode ser?

 

O SR. MARIO FRAGA: No fim?

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): No final, porque o Ver. João Carlos Nedel está em representação.

 

O SR. MARIO FRAGA: Pode ser. Por enquanto, pode ser.

 

(O Ver. João Carlos Nedel adentra no plenário.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Carlos Nedel ainda não saiu para a sua representação, está chegando ao plenário. Estávamos discutindo a permanência do seu Projeto, pela sua ausência, na combinação que nós temos aqui.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0867/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 031/07, de autoria do Ver João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Padre Jaime José Caspary.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PR n° 031/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 034/07 – (Proc. Nº 1401/07 – Ver. Adeli Sell) – requer Moção de Solidariedade ao Movimento dos Excedentes do Concurso da Polícia Federal, em virtude do déficit de pessoal em que se encontra a Polícia Federal. (incluído em 28-03-07)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o Requerimento nº 034/07, de autoria do Ver. Adeli Sell. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3627/07 - PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 007/07, de autoria da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, que aprova as contas do Município de Porto Alegre referentes ao exercício de 2004.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- parecer do Tribunal de Contas favorável à aprovação;

- para aprovação, voto favorável da maioria simples; para rejeição, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, nos termos do art. 124 do Regimento;

- incluído na Ordem do Dia em 25-06-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PDL nº 007/07. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PDL nº 007/07.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta-Vereadora Maria Celeste, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores e senhoras, primeiramente, na Comissão de Finanças desta Casa - a quem cabe dar parecer para a aprovação ou não das Contas do Sr. Prefeito Municipal -, eu fui designado para ser o Relator da matéria. Cheguei à conclusão, depois de verificar bem o Processo, de que nós, aqui na Câmara Municipal, não poderíamos aprovar as Contas daquele período, de 2004, porque várias irregularidades haviam sido cometidas, de que nós, da Câmara Municipal, não deveríamos seguir as orientações dadas pelo Tribunal de Contas, que, depois de fazer todos os apontes, acabou por aprovar as Contas. Nós, da Câmara Municipal, na minha opinião, teríamos outra obrigação: a de rejeitar as Contas, até porque os erros cometidos pelo então Prefeito Municipal João Verle eram erros tão graves que não poderiam merecer desta Casa a aprovação. Só que, é claro, aquilo que diz a Constituição faz com que a Câmara Municipal tenha uma dificuldade muito grande para rejeitar o Parecer do Tribunal de Contas: aqui nós precisamos de dois terços dos Vereadores para rejeitá-lo.

Quais foram esses erros graves do então Prefeito João Verle em 2004? Um deles: sem passar por esta Casa, o ISSQN das empreiteiras foi modificado, sem que houvesse lei para isso. O outro erro que eu acredito que seja inadmissível por parte de um administrador é fazer despesas sem que exista o prévio empenho. O prévio empenho é aquele que dá certeza de que o Orçamento é suficiente para pagar as contas que estão sendo feitas, por isso se faz o prévio empenho. O então Prefeito João Verle fez despesas, algumas delas muito grandes, sem esse prévio empenho, Ver. João Dib. Uma delas, de 72 milhões, foi de despesa sem que houvesse prévio empenho. Eu lembro que uma vez, aqui nesta Câmara, quando eu a presidia, Verª Margarete Moraes, no ano de 1998, nós fizemos uma publicidade, porque era aniversário da Câmara, e esquecemos do tal de prévio empenho. Para corrigir isso, para não ficarmos no erro e colocarmos a Câmara numa situação difícil, eu, a então Diretora da Câmara Sonia, que hoje é Secretária da Administração, e um dos Diretores da Câmara, Diretor-Geral Leão de Medeiros, resolvemos pagar a despesa, quando, na verdade, estávamos absolutamente corretos naquilo que queríamos fazer, mas errados na forma, porque havíamos esquecido o prévio empenho. Mas eu vejo que agora o ex-Prefeito João Verle fez essas despesas sem o prévio empenho. Muito embora sendo apontado pelo Tribunal de Contas como cometendo uma irregularidade inadmissível para um Administrador, ele acaba, na verdade, sendo perdoado e apenas sendo multado em mil e poucos reais, podendo ter as suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas. Agora, dificilmente essa situação poderá ser revertida aqui por esta Casa.

Esse é apenas alguns dos acordos que foram feitos pelo Tribunal de Contas e que foram vistos pela nossa Comissão. Eu acredito que, com todos os erros cometidos na época pelo então Prefeito João Verle, esta Casa não poderia simplesmente aprovar essas Contas, mas vão ser aprovadas. Eu faço questão apenas de fazer esse registro para mostrar que, no que concerne à nossa Comissão, nós estamos atentos. Eu, o Ver. João Dib, a Verª Maristela Meneghetti, o Ver. Garcia, o Ver. Adeli Sell, esses cinco Vereadores, estamos atentos no sentido de fazer com que essas Contas sejam bem estudadas, e, quando vêm para votação, pelo menos o Plenário vai ter uma noção perfeita daquilo que aconteceu naquela gestão de 2004. Depois, o segundo Relator foi o Ver. João Dib, que resolveu aprovar as Contas contra o voto deste Vereador, contra o voto também da Verª Maristela Meneghetti, mas as Contas foram aprovadas lá pela Comissão por três votos a dois. Mas agora, aqui no plenário, cabe aos Srs. Vereadores fazer uma análise mais aprofundada com os dados que colocamos aqui no Processo, para que possamos fazer esta votação.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PDL nº 007/07.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; meus colegas Vereadores e colegas Vereadoras, nós temos o entendimento de que, no exercício parlamentar, o que é mais importante é a fiscalização. Infelizmente, mesmo com o advento da nova Constituição e com a tentativa de produzir Orçamentos no País, na verdade o Brasil tem produzido grandes peças de ficção na área orçamentária. Isso vale para a União, para os Estados e, conseqüentemente, para os Municípios. E é verdade, Ver. Luiz Braz, que, se as Peças Orçamentárias, na grande maioria, são peças de ficção, também é verdade que os gestores, sejam os Prefeitos, os Governadores ou os Presidentes da República, têm descumprido a legislação referente a essa matéria.

Vossa Excelência trouxe à tona despesas sem autorização, mas eu poderia trazer para esta discussão o que eu acho mais grave: no final de 2004, Ver. João Dib, o Prefeito João Verle baixou um Decreto, ele legislou por Decreto a questão do ISSQN relativo à construção civil, dando 80% de desconto. Isso significa que o sujeito começou a fazer a obra, se ele subempreita a metade da mão-de-obra, lá no final, em vez de pagar ele vai ter ainda algum para receber. Isso foi feito por Decreto, isso está na prestação de conta. Nós podemos até aprovar, mas não dá, de maneira nenhuma, para deixar de colocar essa entre tantas outras questões - e de alguém que é aposentado pelo Tribunal de Contas, que é o Sr. Verle, que considero uma pessoa de bem. Mas esse aspecto do Decreto eu considero gravíssimo. Eu havia lido sobre isso - inclusive mandei pegar os anexos, devem estar chegando aqui - e lembro que já havia falado com o Ver. Braz. Eu acho que não estou enganado, porque, primeiro, eu não posso legislar Plano Diretor por Decreto; não posso resolver questão tributária por Decreto, isso tem que passar pelo Legislativo Municipal, senão podem dizer: “Olha, eu vou conceder desconto para os bancos, para esse eu não vou conceder, para aquele setor eu vou fazer aquilo”. E no caso da construção civil tanto é verdade que agora no Projeto de Lei que se mandou a esta Casa, fazendo mudanças tributárias, o Prefeito José Fogaça conseguiu reduzir para 60%; o desconto não é mais de 80%, mas ainda é de 60%. O desconto era de 80% relativo à construção civil.

Então, para tanto, Srs. Vereadores, acho que estamos aqui discutindo - evidentemente, o momento é este - que o Legislativo pode aprovar, pode rejeitar, mas não pode deixar passar batido especialmente essa questão. E, na área das suplementações, houve - se não estou enganado, estou aguardando - excessos de suplementações não autorizados por lei, portanto só para citar aqui. Mas eu fico com essa questão do Decreto, porque, para mim, é de uma gravidade enorme, porque o Prefeito, no final de sua Gestão, tinha perdido a eleição, mas vai lá, chama os setores e diz: “Eu vou, por Decreto, conceder desconto de 80% de ISSQN para construção civil”. Mas que negócio é esse?

Então, finalizo, Srª Presidenta, dizendo que essa matéria merece mais discussão, o Parecer do Ver. Braz sobre essa matéria não foi acolhido; nomeou-se um segundo Relator, portanto houve um segundo Parecer. Essa matéria, então, ficou pronta para vir a Plenário, e este é o momento, então, que nós, que não somos da Comissão de Finanças, podemos adentrar e discutir a matéria que está sendo submetida à votação. Muito obrigada, Srª Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PDL nº 007/07.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras, o Ver. Luiz Braz havia dado um Parecer pela rejeição das Contas, e o Parecer foi rejeitado por três votos a dois. Então, eu fui designado para fazer o relatório aprovando as Contas do Prefeito João Verle. Eu vou ler apenas alguns trechos do que eu escrevi no meu Parecer.

(Lê.) “Diferentes etapas ocorreram no julgamento das contas. Auditorias especiais foram realizadas, apontando série de inconformidades que alcançaram desde a administração do pessoal, análise de receita e despesa, o sistema de controle interno, agentes políticos e a administração de material e patrimônio, estando os principais apontamentos listados na fl. 05 deste Processo. Também aconteceram Instrução Técnica, Análise da Gestão Fiscal, Parecer Preliminar da Segunda Câmara do Tribunal e outros tantos procedimentos decorrentes de Auditorias, seguindo o Expediente para intimação aos Gestores, por determinação do Auditor-Substituto de Conselheiro, para prestação de esclarecimentos e juntada de documentação comprobatória, o que efetivamente ocorreu.”

Mais adiante (Lê.): “Em continuação, o Conselheiro-Substituto...” Bom, antes disso, ele foi mandado para o serviço de prestação de contas; aí, pediu que fosse mandado para o Ministério Público do próprio Tribunal, que achou que havia alguma coisa equivocada. Em parte ele... Fala em ilícito administrativo dinheiro, ele pede que tenha Parecer desfavorável, e, aí, o Conselho do Tribunal de Contas se reúne. Continuo (Lê.): “... e Relator Pedro Henrique Poli de Figueiredo, após minuciosa análise da prestação de contas em que julgou muito dos apontamentos - afastando responsabilidades em uns e acolhendo outros - apresentou, na Sessão de 28-09-2006, da Segunda Câmara do Tribunal, Relatório e voto: ‘a) pela imposição de multa na ordem de R$ 1.500,00 ao Sr. João Acir Verle, Ordenador da Despesa, em face das irregularidades apontadas; b) pela advertência à Origem para que promova o saneamento das falhas passíveis de regularização e que deverão ser objeto de verificação em futura Auditoria; c) pela emissão de Parecer favorável à aprovação das contas de João Acir Verle, Margarete Costa Moraes e Rogério Favreto, do exercício de 2004; d) pelo encaminhamento ao Legislativo Municipal de Porto Alegre, após o trânsito em julgado’, proposições que foram acolhidas à unanimidade pelos Senhores Conselheiros, à exceção do item ‘a’, por maioria.” O item “a” é aquele que multava o Prefeito João Verle em 1.500 reais, portanto ele deve ter pago.

Mais adiante diz (Lê.): “Emitir, à unanimidade, Parecer Favorável à aprovação das Contas dos Administradores do Executivo Municipal de Porto Alegre, correspondentes ao exercício de 2004, dos Senhores João Acir Verle, Margarete Costa Moraes e Rogério Favreto, com a advertência à Origem para que promova o saneamento das falhas passíveis de regularização.“

Bem, no ano de 2004, encerrou-se o Governo João Verle, como é que essa recomendação poderia valer? Não vale! Mas, de qualquer forma, o Prefeito Fogaça já começou a resolver uma série de problemas que foram deixados para trás, como obras sem emissão de empenho, contas atrasadas. Muitas coisas foram resolvidas; não há por que declarar como equivocada ou negar a aprovação das Contas do Prefeito João Acir Verle.

É por isso que este Parecer foi dado: como o outro foi negado por três a dois, este foi aprovado por três a dois, portanto a posição da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul é pela aprovação das Contas do ano de 2004.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PDL nº 007/07.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª Presidenta e Srs. Vereadores, naquela época, em 2004, ainda não existia, Ver. Sebastião Melo, essa fúria investigativa da Polícia Federal e nem o grampeamento de telefones. Por que, por Decreto - isto é, sem passar por esta Câmara -, reduziu-se em 80% o valor da taxa de ISSQN para as empreiteiras que prestassem eventualmente ou participassem de concorrência da Prefeitura, com a comprovação de só 20% do pagamento? Por Decreto, 80% de ISSQN foram dispensados. Qualquer um de nós que tivesse feito isso estaria submetido às barras da lei, estaria submetido ao vexame público. Mas especialmente estão apurados na Auditoria do ano de 2004, pasmem os senhores, 72 milhões de reais sem prévio empenho. Casualmente, no ano eleitoral, 80% do ISSQN dos empreiteiros foi, por Decreto, sem passar por esta Casa, reduzido. E para isso, então, houve apenas uma multa de 1.500 reais, simbólica, a um Prefeito cuja atividade fundamental foi ser funcionário de carreira do Tribunal de Contas, então ele tem conhecimento de que isso não poderia ser feito, de que esbarraria no Tribunal de Contas. Um Decreto perdoando casualmente 80% do ISSQN das empreiteiras...!

Acho que esta Câmara não pode, sem outras explicações, aprovar este Processo, ou deve baixar em diligência ou deve ser investigada essa questão, para posterior aprovação. Mas, por enquanto, com essa pendência, eu até estranho que a CEFOR tenha aprovado isso, porque, realmente, em 2004, ano de eleição, casualmente não passa pela Câmara esse perdão de 80% do ISSQN, favorecendo empreiteiras.

Então, desgraçadamente, nós somos obrigados a pedir que esta Casa reanalise essa questão, que se explique para esta Casa o porquê desse perdão tão tendencioso, unilateral, de 80% só para as empreiteiras. E os 72 milhões de reais de despesas, sem prévio empenho, podem perfeitamente autorizar a que as Bancadas votem contra a aprovação das Contas de 2004. Ou - inclusive é a proposta que eu tenho - que sejam explicados esses fatos que, até agora, não só não são explicáveis como passaram em branco pelo Tribunal de Contas do Estado e passaram em branco pela CEFOR - Comissão de Finanças e Orçamento. Acho que isso merece uma explicação maior, acho que esse Processo deveria, pelo menos, baixar em diligência ou ir em busca de outros esclarecimentos, anexá-los ao Processo, e aí então, evidentemente, aprovarmos ou não.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o PDL n° 007/07. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PDL n° 007/07.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, colegas Vereadores e colegas Vereadoras; Ver. Sebenelo, V. Exª está equivocado numa questão: não é desconto para quem presta serviço para a Prefeitura, não. É o seguinte: a Lei n° 116 foi adaptada nesta Casa, em 2003, e, num dos seus artigos, nós delegamos ao Prefeito a possibilidade de ele fixar percentual via Decreto. Aí, o que ele fez? O metro cúbico da construção civil - isto está aí, nos jornais - é calculado da seguinte forma, Ver. Haroldo: você tem um material, você tem o tijolo, tem o cimento, tem o ferro, você tem a mão-de-obra; então, na melhor das hipóteses, você gasta com material 55%, 50%, extrapolando. O que o Prefeito fez? Vamos dizer que uma obra custa “x”, eu tenho mão-de-obra e tenho material; então, ele concedeu uma benesse de 80%, ou seja, de lambuja ele deu 30% para a construção civil.

Bom, mas aí tem uma coisa mais grave ainda em relação aos projetos, e projetos não precisam de nenhum material. O Prefeito Verle mandou dar 50% de desconto do ISS para os projetos, e no escritório de arquitetura que é contratado pela construção civil não vai meia barra de ferro, Ver. Braz, Então, cá para nós! Cá para nós, do ponto de vista legal... Mas aí tem uma outra questão mais grave, porque dizia a nossa legislação aqui - que eu votei, nós votamos - que ele podia fazer por Decreto. E o que o Sr. Ricardo Collar fez? Por instrução normativa, a partir de 2003 e vigeu até o final de Governo. Aí, no final do Governo, o Prefeito Verle pegou todo aquele material que era da instrução normativa, Ver. João Antonio Dib, e transformou em Decreto-Lei, deu de presente para os empreiteiros. Ele usou, de 2003 até o final de 2004, por instrução normativa.

Se não me engano, a Aiamu, na época, representou no Ministério Público, e eu não sei no que deu o Processo. Mas a Aiamu representou contra o Prefeito Verle, porque ele não podia fazer isso por instrução normativa. E ele fez por ato de instrução normativa, ao passo que deveria ter feito por Decreto. Então, do ponto de vista da legalidade, ele agiu na ilegalidade de 2003 até o final de 2004. Aí, no final de 2004, quando perdeu a eleição, disse: “Agora eu vou fazer por Decreto”. E foi lá e fez por Decreto, repetindo exatamente aquilo que tinha feito por instrução normativa.

Então, de todas as questões aqui colocadas... Evidentemente eu já havia manuseado esses autos, mas, nesta reta final, não consegui me debruçar sobre todos os apontamentos, são muitos apontamentos. E eu lembro que a obra da Pista de Eventos é um outro exemplo, ela foi lançada sem dotação orçamentária. Depois, venderam-se as ações da Petrobras. Isso foi apontado pelo Tribunal de Contas também. Então, são muitos apontamentos. Eu até retiro os outros e fico centrado nessa questão do Decreto. Volto a dizer: uma obra tem o custo de material, que gira em torno de 50%, 55%, e o restante é mão-de-obra. Sobre a mão de obra, eu pago ISS; sobre material, não. O que fez o Decreto? Deu um desconto de 80% no valor da obra. Isso significa que, no mínimo, de lambuja, estou dando 30% na área dos serviços. E, para os projetos, que é o mais grave, porque aí não tem material - não tem nenhum tijolo, não tem cimento, não tem ferro, não tem esquadria, não tem nada -, eu consegui 50%.

Cá para nós! Desculpe-me o meu amigo Verle, que é um homem de bem, mas não agiu corretamente nessa matéria; desculpe-me, até pela competência que tem, pela instrução que tem, pela formação que tem, por ter sido membro do Tribunal de Contas, por conhecer essa matéria, portanto não é uma pessoa que não sabia o que estava fazendo. Sabia exatamente o que estava fazendo, e acho que o fez profundamente equivocado, especialmente quando tinha perdido a eleição. Então, eu queria deixar esse registro no final da votação desta matéria. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 007/07.

 

O SR. ADELI SELL: Cara Vereadora Maria Celeste, colegas Vereadores e Vereadoras, as Contas da Prefeitura ao longo dos anos... E aqui a maioria dos Vereadores tem acompanhado pari passu esse processo; aqueles que estão na Comissão de Economia, Finanças e Orçamento, evidentemente, têm acompanhado isso mais de perto, têm notado que o Tribunal de Contas do Estado sempre faz algum tipo de anotação. O Tribunal de Contas, regra geral, tem aceito as Contas da Prefeitura e anotado alguns procedimentos que considera fundamentais, para que o gestor público mude, que refaça o seu jeito de ser e fazer.

No caso em pauta, sabemos que a determinação da percentagem do ISS é uma determinação legal que é feita por esta Casa, e, em sistemáticos momentos, nós temos aqui discutido, inclusive, a diminuição do ISS sobre vários itens que, felizmente, no último período, foram diminuídos nas suas alíquotas, o que, na nossa opinião, ajuda a cobrança, porque há menos sonegação, e o controle pode ser muito maior do gestor público sobre o empreendedor.

No caso da construção civil, vinha sendo adotada, de fato, como disse o Ver. Sebastião Melo, que me escuta neste momento, por uma instrução normativa, não a alíquota do ISS. A questão da parte sobre a qual efetivamente se paga o tributo, como é feito, efetivamente, o Vereador sabe, em várias Administrações. Eu nem vou entrar aqui, Ver. Sebastião Melo, em como se fazia no outro lado do rio, em Eldorado, por exemplo, com percentagem inferior a 2% ou em troca de cesta básica e coisa do tipo; isso eu acho que não pode haver. Temos apenas diferenças de apreciação sobre a parte na qual incide o tributo, essa é a diferença. Vossa Excelência tem uma apreciação negativa, acha que se deu, na linguagem coloquial, “moleza” para um setor da sociedade; nós não temos essa compreensão. O Vereador mesmo expressou - e todo o mundo sabe - a preocupação do ex-Prefeito João Verle sobre as coisas públicas. Ele foi um homem do Tribunal de Contas do Estado, conhece muito bem os meandros da legislação, da prestação de contas, da contabilidade das finanças públicas. E todos, Ver. Sebastião Melo, hão de compreender o processo de preocupação e de lisura - sempre - do nosso ex-Prefeito.

Por isso, eu chamo o voto que foi dado na Comissão de Constituição e Justiça, por maioria, para a aprovação das suas Contas. Eu acho que é fundamental porque o nosso ex-Prefeito merece essa consideração por todo o cuidado que sempre teve com a coisa pública, com o dinheiro público, e não é por uma questão que nos diferencia sobre o modo de fazer o cálculo do ISSQN num único caso específico que nós vamos criar aqui um grande problema para todos nós. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PDL nº 007/07.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na nossa Comissão de Economia, Finanças e Orçamento tivemos uma longa discussão em cima das Contas do Sr. Prefeito, na época o Sr. João Verle; inclusive, num primeiro momento, foi com um Relator e, depois, com outro Relator. O que o Tribunal de Contas colocou foram situações pontuais, em momento algum colocou que as Contas deveriam ser rejeitadas. E eu sou um daqueles Vereadores que têm um cuidado muito grande, porque nós estamos aqui julgando as contas da Cidade, as contas de uma pessoa que, num determinado momento, estava à frente do Executivo, com suas dificuldades, com suas responsabilidades. Nós também estamos aqui e, se constatamos erros, devemos mostrá-los. O que o Tribunal de Contas coloca é uma ou outra situação pontual. Inclusive, até sugerimos na época da discussão na Comissão que aprovássemos as Contas com essas restrições; isso é direito e legítimo do processo democrático. Agora, rejeitar na íntegra é muito perigoso e, talvez, uma leitura errada daquilo que as pessoas têm de ter como zelo da coisa pública.

Ora, sabemos que a atual legislação do nosso País teve inúmeros avanços, e, com o comprometimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, ela avançou. Os senhores e as senhoras sabem - já foi dito nesta tribuna - que o ex-Prefeito João Verle é o homem de ofício do Tribunal de Contas; então, há mais razão ainda para esse zelo.

Quero encaminhar em nome do nosso Partido, o Partido Popular Socialista, e dizer que somos pela aprovação das Contas do Sr. Prefeito. Já foram colocadas as questões pontuais e os óbices, entendemos que essa questão o próprio Tribunal de Contas coloca como algo diferenciado, mas nós não podemos optar pela rejeição das Contas como um todo. Então, vimos aqui, de forma fraterna, colocar essa situação e entendemos as posições, mas temos de ter o cuidado, pois uma é a questão pontual, e a outra é a questão do todo. E nessa questão o todo prevalece em relação a uma ou outra questão levantada pelo Tribunal de Contas. Muito obrigado, Srª Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação nominal, por solicitação do Ver. Luiz Braz, o PDL nº 007/07. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 26 votos SIM, 05 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Ver. João Antonio Dib, esta Presidenta não vota o Projeto porque este é um Projeto que necessita de voto favorável da maioria simples; por isso a Presidenta não votou.

Em votação as Atas das 12ª e 13ª Sessões Solenes, das 40ª e 41ª Sessões Ordinárias, já disponíveis nas pastas públicas do correio eletrônico. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS as Atas nominadas.

Apregôo o Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo de retirada de tramitação da Emenda nº 01 ao PLL nº 202/06.

Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo para retirada da Emenda nº 01 ao PLL nº 202/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2283/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 095/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que altera a Lei nº 2.312, de 15 de dezembro de 1961, e alterações posteriores, que cria o Departamento Municipal de Água e Esgotos, integrando um representante do CREA ao Conselho Deliberativo, o qual se reunirá com quórum mínimo de nove Conselheiros. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mario Fraga: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Dr.Goulart: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 30-05-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 095/06. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 095/06.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e assistência desta Sessão, vou ser bem breve para explicar o porquê deste Projeto.

O Conselho Deliberativo do DMAE hoje é composto por 15 entidades: Sociedade de Economia, Federasul, Sociedade de Engenharia, Instituto dos Advogados, Amrigs, e não tem o CREA. E as engenharias congregadas, as engenharias da natureza do DMAE, que é uma empresa, são as Engenharias Civil, Eletrônica, Elétrica, de Produção, Química, Arquitetura, são várias entidades que lidam com a decisão sobre os processos administrativos. E há algumas entidades que se ausentam há anos, como, por exemplo, a Agapan, que resolveu deliberadamente se retirar, optou por não participar. A Amrigs também não participava, e só recentemente voltou ao Conselho o Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul. Então, a inclusão do CREA, também por pedido do CREA, pelo desejo do CREA de participar, é para qualificar a decisão sobre os processos, pois o Conselho Deliberativo do DMAE é um órgão deliberativo sobre todas as contratações, sobre todos os negócios da autarquia. Então, nesse sentido é que eu peço o apoio de todos os colegas Vereadores, porque é para qualificar, é para poder melhorar ainda mais a gestão do DMAE, visto que é um Conselho que, desde o primeiro dia, desde a fundação do DMAE, em 1961, e o Ver. Guilherme e o Ver. Dib participaram, fizeram parte e sabem da importância do papel e do que significou até hoje o Conselho. Então, nesse sentido peço apoio dos caros colegas Vereadores. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o PLL nº 095/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com o registro de 35 Vereadoras e Vereadores.

Essa era a Pauta de discussão e votação para o dia de hoje, anteriormente acordada.

Estão suspensos os trabalhos para que haja acordo entre as Lideranças para a continuidade da Sessão. 

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h36min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 17h38min): Estão reabertos os trabalhos.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 095/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa para a apreciação das seguintes matérias, que não estavam constantes na Ordem do Dia: PELO n° 006/05,  PLL nº 094/06 e PDL nº 008/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

1º TURNO

 

PROC. Nº 1550/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 006/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que altera a redação do inciso VIII do art. 94 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, reduzindo o prazo para o Prefeito Municipal prestar as informações solicitadas pela Câmara Municipal. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela rejeição do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elias Vidal: pela rejeição do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relatora Ver.ª Mônica Leal: pela rejeição do Projeto.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE, CEDECONDH e COSMAM. Relatora-Geral Verª Sofia Cavedon: pela rejeição da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos - art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 20-06-07;

- adiada a votação por duas Sessões.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):Em votação nominal o PELO nº 006/05. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 006/05.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu fiz esta proposição com um único fito: qualificar o mandato de cada Vereador nesta Casa. Eu acho que, quando um Vereador faz um Pedido de Informações, isso é importante para o seu mandato. Eu não imagino que alguém possa utilizar o recurso de fazer uma pilha de Pedidos de Informações só por fazê-lo. O que diz hoje a nossa Lei Orgânica? Quando nós peticionamos ao Prefeito, o Prefeito tem 30 dias para responder ao Vereador. Se ele não conseguir fazer isso, ele ainda tem mais 15 dias, Presidenta, de prorrogação. Até acho que nós deveríamos, no mundo da informática, encontrar uma solução para que os Pedidos de Informações não precisassem passar pela enorme burocracia por que passam nesta Casa. Acho que a nossa PROCEMPA, por exemplo, poderia fazer uma central na Prefeitura e outra aqui, e os pedidos já serem digitados direto, não passando por esse “bate-rebate”, ler em Plenário. Quer dizer, quando o Pedido sai daqui, cá para nós, a informação já sai atrasada e chega lá depois de 30 dias. Aí o Prefeito pede prorrogação. Então, quando chega a informação, na maioria das vezes, já não serve para nada.

Eu propus este Projeto quando estava na oposição, hoje estou no Governo, mas acho que aqui não se deve dividir, na minha avaliação, “porque sou do Governo”. Não. Isso aqui é para qualificar o mandato do Vereador que hoje pode estar na situação e amanhã na oposição. Enfim, eu tenho essa visão. Alguém há de dizer: “Olha, cá para nós, o Prefeito não vai conseguir responder!” Bom, mas o Prefeito, seja o de hoje, o nosso querido José Fogaça, ou o Prefeito/Prefeita de amanhã, tem que ter um respeito com a Casa Legislativa. Acho que, no Brasil, o Executivo tem uma supremacia enorme em relação ao Legislativo, e nós debatemos aqui todos os dias. Às vezes o papel do Deputado/Vereador se reduz a leis inócuas. Então, entre propor lei e fazer a fiscalização, eu ainda fico com a fiscalização. Agora, para fazer fiscalização, eu tenho que ter os instrumentos necessários.

O que me levou a redigir este Projeto, Presidenta, foi o Fórum Social na Gestão Prefeito Tarso Genro. Eu pedi informações, era Líder do Governo aqui. O Ver. Estilac Xavier fez aqui um discurso legal, bonito, Ver. Marcelo, mas não me forneceu os documentos. Eu tive que ir à Justiça para poder requerer a lista de quem vinha para o Fórum Social, para saber em qual hotel iria ficar e qual seria o custo da Prefeitura. Por quê? Porque eu queria aquela informação antes da instalação do Fórum. Embasado na Lei Orgânica, Ver. Braz, eu fiquei impotente, então tive que gastar, tive que distribuir, tive que peticionar, tive que passar uma noite redigindo uma ação cautelar nominada, pedindo a exibição de documentos. O Juiz de pronto deferiu o pedido liminar, e, na outra semana, eu redigi este Projeto de Lei. Eu dizia: “Acho que 15 dias está de bom tamanho”. Agora, se tem gente que acha que 20 dias em vez de 15... Eu não estou tratando isso de forma fundamentalista, Ver. Dib. “Melo, 15 é muito; vamos baixar de 30 para 20”, está bem, façam uma subemenda, façam uma emenda, não sei se há tempo para isso ou não. A verdade é que eu acho que 30 dias prorrogáveis por mais 15 é excesso de tempo para quem quer uma informação para poder embasar uma defesa, prestar uma informação a uma entidade, a uma sociedade, enfim, qualificar o mandato; tem esse fito o Projeto.

Esta matéria precisa de voto qualificado, portanto não é fácil aprovar, precisamos de 24 votos para aprová-la; sei que não é fácil, mas tenho a expectativa de convencer os meus colegas Vereadores, porque é um Projeto que diz respeito a todo e qualquer mandato. E não é uma proposição que vise apenas uma questão pontual, mas eu acho que ela ajuda, e muito, na questão do nosso mandato - na sua ”gerenciação” e na sua fiscalização. Quero agradecer, Presidenta, e espero, evidentemente, contar com o apoio dos meus colegas para a aprovação desta matéria. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PELO n° 006/05.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Verª Maria Celeste, Presidenta da Casa; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, Ver. Sebastião Melo, eu também sou favorável a que nós discutamos o problema de prazos para as respostas do Executivo Municipal com relação aos questionamentos que nós fazemos. No seu discurso, V. Exª dizia que deveria haver um respeito maior do Executivo para com o Legislativo com relação às perguntas que nós fazemos para ele.

Uma vez eu cheguei a pedir ao Prefeito Raul Pont que me informasse a quantidade de propaganda que ele fazia naquela época. Eu dizia, e tinha os dados, que ele gastava 13 milhões de reais em propaganda. Ele me mandou uma resposta dizendo que não poderia responder aquilo, porque era muito genérico o meu pedido. Nós entramos na Justiça e ganhamos o direito de obter a resposta, isso naquela época em que foi Prefeito da Cidade o agora Deputado Estadual Raul Pont. Só que, da mesma forma como deve existir respeito do Executivo para com o Legislativo, também deve existir respeito do Legislativo para com o Executivo. Quando é que falta esse respeito? Falta esse respeito quando a oposição, simplesmente para trancar o Executivo, faz uma verdadeira enxurrada de questionamentos para o Executivo, sabendo que ele não tem prazo para responder. Não existe, na verdade, Ver. Sebastião Melo, e nós todos sabemos disso, uma equipe lá no Executivo capaz de responder em 15 dias todos os questionamentos que são feitos.

Então nós colocamos uma Emenda ao Projeto de V. Exª; juntamente com o Ver. João Dib, fizemos essa Emenda. E eu pediria que V. Exª votasse favoravelmente essa Emenda, dizendo que concordamos com a redução do prazo, desde que os Pedidos de Informações sejam votados, a exemplo do que já foi no passado, porque assim nós, do Legislativo, teremos controle de todos os Pedidos de Informações que saem daqui desta Casa. Caso contrário... Cada dia, um Vereador faz 20, 30, 40, 50 Pedidos de Informações para o Executivo. Somos aqui 36 Vereadores. Não há comissão que possa comportar a dar todas as respostas que esta Casa exige, e muitas vezes alguns Pedidos de Informações são completamente despiciendos, porque nós teríamos as informações se abríssemos os dados que estão já dispostos pela Internet.

Então, acho eu, Ver. Sebastião, que a preocupação de V. Exª é extremamente justa. Nós concordamos em que o prazo seja reduzido para 15 dias, como V. Exª propõe, mas eu pediria que V. Exª nos acompanhasse, no sentido de que os Pedidos de Informações pudessem ser votados, porque assim nós teríamos controle dessas informações. E não é só por causa do Prefeito atual, seria para todas as Administrações, porque eu acho que não seria lógico, Ver. Vendruscolo, nós fazermos com que o Executivo gaste rios de dinheiro para responder todas as dúvidas, que muitas vezes podem ser tiradas bastando abrir a Internet, e às vezes dados que já foram respondidos para esta Casa são perguntados novamente, e V. Exª sabe que isso demanda tempo até que, de repente, o Executivo possa saber que as respostas já foram dadas em algum dia e que realmente bastaria algum tipo de procura por parte do Vereador, para que esses dados pudessem imediatamente estar à disposição do legislador.

Então, sou favorável ao Projeto de V. Exª, mas sou favorável com a Emenda que nós colocamos ao Projeto, para que o Legislativo não perca o controle desses Pedidos de Informações que nós fazemos para o Executivo.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 006/05.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, sem falsa modéstia, eu sou um Vereador atento. Eu fiz com que o Prefeito Tarso Fernando Genro fosse advertido pela Câmara pelo não-cumprimento dos prazos de resposta dos Pedidos de Informações. Eu acho que também sou coerente, pois, em 1989, fui à tribuna e pedi que não fizessem tantos Pedidos de Informações, porque, em 1989, era muito mais difícil do que hoje responder os Pedidos de Informações dos Vereadores. Mas são momentos. Eu vivi momentos na Câmara em que o Pedido de Informações tinha que ser aprovado pela Câmara. Eu vivi um momento em que as respostas do Pedido de Informações chegavam a todos os Líderes, os questionamentos e as respostas, para que não se fizessem Pedidos iguais. Hoje ninguém conhece o que o outro perguntou, é uma complicação, são muitos Pedidos de Informações sem que tenham realmente base sólida para que sejam feitos; no entanto as pessoas os fazem.

Eu acho que o Ver. Sebastião tem razão numa coisa: nós não estamos vivendo mais momentos como os das duas décadas anteriores, quando as coisas eram mais complicadas para responder. Antes, eram 60 dias para responder o Pedido de Informações; depois passou para 30, mas a Prefeitura não tem respeitado nem agora, nem antes. Eu acho que, como disse o Vereador, se pudesse fazer 20 dias, mais cinco, ou então a Emenda que foi apresentada pelo Ver. Luiz Braz nós resolveríamos o problema, mas daí teria que ser votada pela Casa a remessa ou não do Pedido de Informações. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 006/05.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu me posiciono favorável à redução do prazo, porque entendo que nós, como gestores públicos, não devemos ter nada a temer, e mais, devemos estar prontos a todo momento para oferecer informações à população, ao Legislativo, a todos que têm direito de saber sobre ela, Ver. Braz. E, muitas vezes, o Pedido de Informações dos Vereadores ajuda a Secretaria a organizar e sistematizar as informações. Eu gosto, inclusive, Ver. Dib, da sua sugestão, da lembrança de que, quando um Vereador faz um Pedido de Informações aqui, todos os Vereadores recebam a resposta, porque isso, para o Parlamento, é fundamental para contraposição de idéias. Muitas vezes, nós fazemos grandes debates aqui com várias versões, e os dados, as informações ajudam na aproximação da realidade. Na verdade, podem ser feitas várias leituras dos mesmos números.

Mas eu queria aqui trazer elementos que acho que a gente deveria saber mais, Ver. Dib. Eu soube, há pouco, por acaso, que o PREVIMPA, por exemplo, todo o mês, Ver. Todeschini, paga uma mesada à PROCEMPA de 100 mil reais. Será que isso é um valor razoável? Quanto de serviço, Ver. Dib, é prestada pela PROCEMPA ao PREVIMPA por esse custo estratosférico mensal? Se a gente for se debruçar... E aí, de repente, não está no meu cotidiano, mas um outro Vereador faz essa pergunta, e isso é informando para todos; e todos, fiscalizando, refletindo com os conhecimentos diferenciados, vão ajudar o nosso Instituto de Previdência dos Funcionários a, quem sabe, acertar e adequar essa conta.

Eu poderia trazer outros elementos que nos questionam no cotidiano, por exemplo, sobre o Conduto Forçado Álvaro Chaves. Recebi um e-mail, Verª Clênia, de uma das comerciantes da Dr. Timóteo, ela nos pergunta quando vão solucionar, porque a rua está fechada há mais de ano, e diz: “A informação que tenho é de que a empresa não está trabalhando, porque a Prefeitura deve meses de atraso.” Se nós vamos fazer essa pergunta formalmente, talvez a gente receba a resposta um mês, um mês e meio depois, pelo atual Regimento, e a empresária está querendo informações, quer que os Vereadores atuem, quer que os Vereadores possam ajudar a solucionar.

Eu entendo que o Executivo não pode perder todo o tempo organizando informações, mas é muito importante que ele mesmo... E, muitas vezes, o próprio Executivo surpreende-se em não conhecer as suas políticas, a extensão dessas políticas, a quantificação, a qualificação. Muitas vezes encaminhamos temas para o Secretário, e ele não está com isso presente, e o Vereador ativa e ajuda a encaminhar. Nós temos creches que estão para abrir agora. Talvez tenhamos esta semana a notícia de que a Creche Marieta Caleffi poderá ter o seu convênio assinado, e isso dependeu de muita movimentação dos Vereadores e da comunidade.

Mas eu queria, Ver. Braz, me posicionar sobre a sua proposta dos Pedidos de Informações a serem votados nesta Casa. Eu acho que isso é burocratizar e dificultar o fluxo de informação e a transparência entre Legislativo, Executivo e Cidade. Não concordo e fiz um Parecer contrário. Acho que os Vereadores têm todo o direito de perguntar o que acham pertinente perguntar sem submeter a sua pergunta à votação do conjunto dos Vereadores. Aí fica muito difícil de exercer o mandato, porque vai ser extremamente subjetiva a votação dos Vereadores, se é pertinente ou não determinada questão. Acho que não dá para acolher esta Emenda. Acho que a intenção do Projeto do Ver. Sebastião Melo é exatamente o inverso, é que nós tenhamos agilidade e transparência e não criemos mais burocratização.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 006/05.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós estamos aqui discutindo o Projeto de autoria do Ver. Sebastião Melo que procura reduzir o tempo de resposta do Executivo aos Pedidos de Providências e Pedidos de Informações desta Casa. Quero lembrar às Sras. Vereadoras e aos Srs. Vereadores que isso é definido na Lei Orgânica do Município, portanto não é uma questão deste ou de outro Governo. Nós é que definimos esse prazo e, agora, estamos discutindo se devemos ou não reduzir esse prazo. Acho que é voz corrente a morosidade dos serviços burocráticos na área pública por uma série de fiscalizações, de legislações, acho que, cada vez mais, precisamos desburocratizar e agilizar as informações fundamentalmente, pois essas informações são para o Legislativo, que é um órgão fiscalizador, entre outras funções. Acho que esse debate é muito bem-vindo, assim como está sendo muito bem-vinda - creio que tardiamente - a discussão do Regimento da Casa, para acelerar a tramitação dos Projetos, independente de eles serem do Legislativo ou do Executivo. A sociedade está cada vez mais ágil, e hoje a máquina pública dispõe da ciência e da tecnologia.

Só queria levantar aqui alguns dados que acho muito importantes para o conhecimento das Sras. Vereadoras e dos Srs. Vereadores. O Executivo já respondeu para esta Casa 634 Pedidos de Informações. O Executivo neste Governo, na Gestão José Fogaça, até sexta-feira - hoje não fiz esse levantamento ainda - já respondeu para esta Casa 634 Pedidos de Informações das Sras. Vereadoras e dos Srs. Vereadores; apenas 53 Pedidos estão em tramitação. Queria dizer que alguns desses Pedidos são tão detalhados que requerem, às vezes, resposta com anexos de 200 a 300 páginas, e é preciso que esses anexos sejam revisados. Mas, enfim, o importante é que todos nós saibamos que o Governo tem respondido com muita prontidão os Pedidos de Informações, tanto que já foram respondidos 634 Pedidos de Informações a este Parlamento.

Há um outro mecanismo que se chama Pedido de Providências. Aí, queria a atenção dos Srs. Vereadores e das Sras. Vereadoras. O Vereador ou um assessor do Vereador senta lá, faz um Pedido de Providências para o Executivo. A Câmara não toma conhecimento desse Pedido de Providências, ele é do Gabinete do Vereador. Passa pela Câmara o quê? A informação de que ele pediu, mas o conteúdo do Pedido a gente não conhece. Então queria dizer às Sras. Vereadoras e aos Srs. Vereadores que a Prefeitura de Porto Alegre já respondeu 5.178 Pedidos de Providências - até sexta-feira passada, 5.178 já haviam sido respondidos. É impressionante, porque alguns desses Pedidos de Providências já estão, inclusive, elencados nas prioridades do Orçamento Participativo, alguns não foram priorizados por aquela região, eles têm que aguardar, inclusive, a priorização do processo democrático da Cidade. E, só neste último mês, já saiu daqui centenas e centenas de novos Pedidos. É por isso que, quanto mais se manda resposta, mais não se consegue equalizar no prazo os Pedidos de Informações.

Eu acho que é muito importante nós, os Vereadores, propormos providências ao Executivo, é fundamental propormos, fazermos Pedidos de Informações; agora, alguns desses Pedidos... Olha, tem aqui um Pedido de Informações que eu li em que o Vereador pede a grossura dos canos de não sei quantos quilômetros numa região da Cidade. Só que esses canos foram feitos há uns seis ou sete anos. Então é preciso que se vá ao chamado arquivo morto, é preciso que se crie uma estrutura especial para responder o Pedido de Informações. Evidentemente alguns são realmente facílimos de responder, mas alguns Pedidos de Informações já se perderam no tempo, não ações de Governo, e nós só estamos lá há dois anos e meio. Então eu acho que isso gera, às vezes, um transtorno, tira alguns profissionais, alguns funcionários públicos que estão em atividades de ponta, atendendo à comunidade, para fazer isso. Mas esses dados que apresento são elucidativos de um enorme respeito que a Prefeitura tem tido com esta Casa, é tanto que respondeu mais de cinco mil Pedidos nesses anos. Então essas discussões são importantes de serem feitas.

Há uma Emenda do Ver. Luiz Braz, que acha que um Pedido de Providências só será um Pedido de Providências da Casa quando ele passar pelo Plenário da Câmara. Eu acho que essa é uma discussão interessante de ser feita, acho também que pode nos levar a refletir mais sobre como nós devemos fazer esse Pedido de Informações, e hoje há toda uma tecnologia, toda uma estrutura que é criada, inclusive cada Secretário desta Gestão tem um assessor parlamentar que visa a, exatamente, agilizar o contato da Câmara com o Executivo e vice-versa.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PELO nº 006/05.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós temos alguma experiência no âmbito do Executivo, da Administração. Lembro, quando fui Secretário dos Transportes, que paramos a Secretaria para responder uma centena de Pedidos de Informações do então Líder do PT, Ver. Antonio Hohlfeldt - à Secretaria dos Transportes dirigiu mais de cem Pedidos de Informações. Era exatamente para fazer com que a Secretaria parasse. Vejam esse dado, que é extremamente importante. Então eu quero contrariar aqui o Projeto do Ver. Sebastião Melo. Trinta dias com mais quinze dias? Aqui estão os ex-Secretários Verª Margarete Moraes, Ver. João Antonio Dib, Ver. Guilherme Barbosa, com experiência do Executivo, e outros ex-Secretários. A Administração tem as suas complexidades e muitas complexidades. Então a gente tem que pesar isso. É muito fácil o Legislativo expedir os seus Pedidos e exigir que, incontinente, se tenham as respostas. E há Pedidos de Informações complexos. Imaginem uma quantidade imensa de Pedidos complexos. Então, aí, nós vamos fazer o quê? Nós vamos criar problemas à Administração.

Eu quero dizer que defendo o Pedido de Informações como um mecanismo democrático, um instrumento nas mãos do Parlamento. Agora, com 30 dias mais 15 dias, se for o caso, devidamente justificado, parece-me, Ver. Nilo Santos, que está muito bem calibrada a coisa, está muito bem calibrada! Então, em 15 dias, imaginem as Secretarias aí, por assim dizer, recebendo centenas de Pedidos de Providências, isso pode criar, sim, um impasse para a Administração, para as Administrações, não interessando se hoje é o Prefeito Fogaça, ou se amanhã será B ou C! Eu acho que a prudência e o bom senso não podem fugir de nós aqui da Casa, do Plenário, porque o Plenário é exatamente a soma daquilo que se espera que seja algo feito de forma impessoal, de forma imparcial, até para se buscar exatamente o bom entendimento na condução da Administração. Nós nunca devemos acantonar o Chefe do Executivo, porque, afinal de contas, ele foi eleito pela população para administrar!

Então eu acho que cortar 15 dias, tirar 15 dias para as informações do Executivo... Imaginem, diante dos Pedidos complexos, as consultas que tem que fazer o Prefeito, o Chefe do Executivo, a diferentes órgãos! Cria um problema, leva o Prefeito a uma situação de dificuldades, de apreensão! Isso não é oposição! Aliás, não é da oposição. Vamos deixar claro, não é da oposição! Vamos deixar claro isto: não é da oposição o Pedido. Mas eu acho que não está bem, não, não está bem, o melhor é mantermos os 30 dias com 15 dias, porque aí dá as condições razoáveis, Ver. Todeschini. Vossa Excelência tem experiência no Executivo, sabe das dificuldades imensas que se tem para se buscarem informações na máquina administrativa, de funcionários aqui, ali e acolá. Então, 30 dias com 15 dias de prorrogação é fundamentado. Veja bem, o Executivo tem que mandar a matéria para cá, dizendo que não pode atender por isso ou por aquilo. Agora, 15 dias levam o Prefeito à lona, à cantona, levam o Prefeito ao canto do rim, e não é esse, não pode ser esse para nenhum Prefeito, vamos deixar claro isso, para nenhum Prefeito.

E trago à colação a experiência que tive quando - eu tenho fotografia inclusive - os Pedidos de Providências que nós respondemos atingiram mais de 30 centímetros de altura - o dossiê que encaminhamos à Casa quando eu era Secretário dos Transportes. Parei a Secretaria para atender, porque inclusive o Prefeito assim determinou. Então, fica aqui o meu apelo no sentido de que nós reexaminemos essa matéria e não totalizemos os votos necessários, porque parece-me que a matéria não está de acordo com o bom senso. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o PELO nº 006/05.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Srª Presidenta, eu solicito adiamento por uma Sessão da votação do PELO nº 006/05.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver. Carlos Todeschini, lamentavelmente não é possível pedir adiamento do PELO nº 006/05, porque ele já está em votação no 1º turno.

 

Solicito a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pela Verª Clênia Maranhão. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Há 15 Vereadores presentes. Não há quórum para a votação.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h14min.)

 

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